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Olaf Scholz pode ser o novo chanceler da Alemanha após eleições

Os resultados preliminares apontam que ele dele ser o substituto de Angela Merkel

Nesse domingo (26) aconteceu as eleições para a escolha do novo chanceler da Alemanha. E os primeiros resultados revelados nesta segunda-feira (27) apontam que o candidato Olaf Scholz pode ser o sucessor da chanceler Angela Merkel, que está à frente da Alemanha há 16 anos.

Até o momento o Partido Social-Democrata (SPD), de Olaf Scholz está com 25,7% das intenções de voto, contra 24,1% da União Cristã Democrata (CDU), que é o partido de Angela Merkel. Caso o resultado se confirme, Olaf Scholz, o líder do partido de centro-esquerda SPD, terá prioridade para formar um novo governo e se tornar o chanceler que vai suceder Merkel.

Atualmente, Scholz é o ministro da Economia e vice-chanceler da Alemanha. Tudo porque os sociais-democratas fazem parte da coalizão que sustenta o atual governo.

Conheça Olaf Scholz

Extremamente pragmático, ele já foi apelidado de “Scholzomat”. Significa uma piada com seu sobrenome e a palavra “automat”, sugerindo que o político parece mais uma máquina do que de um ser humano.

O social-democrata tem 63 anos, é membro do SPD desde 1975 e foi eleito pela primeira vez para o Bundestag (o Parlamento alemão) em 1998. Além disso, o advogado especializado em leis trabalhistas, também já foi ministro do Trabalho e prefeito de Hamburgo.

Subida nas pesquisas

Scholz começou a campanha em terceiro lugar, mas se beneficiou da queda dos principais adversários — inclusive Armin Laschet, candidato apoiado pela chanceler. Ao contrário de Laschet e Annalena Baerbock, do Partido Verde, ele conseguiu evitar incidentes e gafes durante a campanha e sofreu poucos ataques, mantendo uma campanha discreta e se beneficiando dos contratempos enfrentados pelos adversários.

Em seus discursos, o político se vendeu como uma promessa de estabilidade e de continuidade ao governo Merkel, mesmo não sendo do partido da chanceler. Scholz começou a ganhar popularidade em agosto, com a queda dos adversários nas pesquisas, e chegou à eleição como favorito.

Necessidade de coalizão

Como o SPD não terá maioria no Bundestag, Scholz vai depender de coalizões para ser nomeado chanceler. É possível que, para isso, ele tenha de manter a atual aliança com a CDU para formar um governo.

Integrante da ala moderada do SPD, Scholz já sinalizou que pode negociar também com o Partido Verde e não descartou conversas com outros partidos, exceto os populistas socialistas do Die Linke e a extrema-direita do Alternativa para a Alemanha (AfD).

Para formar um governo, o social-democrata pode ter que, pela primeira vez, fazer uma coalização com três ou quatro partidos. Por isso, é possível que Merkel permaneça no poder até o fim do ano, até a conclusão das negociações.

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