O chefe de segurança acusado de matar um jovem numa balada de Santos morreu em Itapetininga, Interior de São Paulo. Ele estava foragido há mais de 3 anos e foi vítima de ‘morte súbita’. De acordo com a certidão de óbito, trata-se de Anderson Luiz Pereira Brito, de 50 anos.
O acusado respondia pelo homicídio de Lucas Martins de Paula, de 21 anos, junto a outros três réus: Vitor Alves Karam, dono do Baccará Backstage, estabelecimento onde o rapaz foi espancado; o principal agressor, Thiago Ozarias; e um outro segurança, Sammy Barreto Callender, todos previamente presos.
Relembre o caso
O pai do jovem, Isaías de Paula, contou que amigos que estavam com Lucas relataram que o filho foi ao caixa para pagar a conta. De repente, notou a cobrança de uma bebida a mais, no valor de R$ 15, na comanda, e resolveu reclamar.
Os seguranças foram chamados e a confusão teve início. Os amigos alegaram em depoimento à polícia que também apanharam. O jovem ficou internado, em coma induzido, mas no dia 29 de julho de 2018, após 22 dias de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu ao quadro grave e faleceu. Após as investigações, os quatro foram indiciados pela morte do estudante.
No processo de Júri Popular, que tramita pelo Fórum de Santos, a defesa de Anderson apresentou a certidão de óbito que confirma a morte dele em 11 de outubro deste ano, às 10h50, na casa onde ele morava, na Estrada Municipal Pescaria, em Itapetininga. O documento foi juntado no último dia 29. O homem era considerado foragido da Justiça desde que o crime ocorreu.
Além de comunicar a morte do homem, com a juntada do documento, a defesa pediu para que seja proferida sentença extinguindo a punição de Anderson pela morte de Lucas. “Ele não participou de nenhum ato que causasse a morte do rapaz. Ele sempre teve a sua convincência de que seria feita a justiça e que seria absolvido nesse processo”. afirmou Eduardo.
“Quando esse processo for pautado pelo juiz, nós vamos trabalhar na assistência de acusação e vamos lutar pela condenação dos três que estão presos. Vamos lutar até o fim, junto com o Ministério Público para conseguir a condenação deles com a pena máxima”, afirmou o advogado da família de Lucas, Armando de Mattos.
Investigação
Durante a investigação do caso, a polícia identificou, por meio das imagens das câmeras de monitoramento, três seguranças envolvidos diretamente nas agressões do jovem, além do dono do estabelecimento, Vitor, que observou os crimes. Os quatro foram indiciados pela Polícia Civil.
O principal agressor, Thiago, e um outro segurança, Sammy, foram presos na época do crime. Já Vitor ficou foragido por um ano. A polícia chegou até o empresário após uma denúncia anônima, em julho de 2019. O comerciante estava em um apartamento na Zona Oeste de São Paulo. Depois de capturado, ele foi encaminhado para uma Cadeia Pública.
Fiscais da prefeitura intimaram os proprietários do bar e casa noturna Baccará a encerrar as atividades, quatro dias depois das agressões. “O estabelecimento teve o alvará de funcionamento negado, em virtude de suas instalações descumprirem a legislação municipal”, informou a municipalidade, em nota.
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