Um homem de 50 anos se tornou réu no processo do caso do mega-assalto à agência da Caixa Econômica Federal, ocorrido em 2017, no Centro de Santos. E foi graças ao exame de DNA da saliva encontrada em uma lata de cerveja, que foi consumida pelo suspeito após o crime. Ela foi localizada próxima à agência.
No mega-assalto, os bandidos levaram joias penhoradas, dinheiro, armas e munições. Com a prova, o Ministério Público Federal pediu para que o homem se tornasse réu foi aceito pela 5ª Vara Federal de Santos.
No pedido, o MPF aponta que o suspeito infringiu o Artigo 157 do Código Penal, que dispõe sobre “subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência”, com pena de reclusão e multa.
Além disso, o Ministério Público também pontua que o suspeito infringiu o Artigo 2°, que alinha “promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa”, também sob pena de reclusão e multa.
A prova do DNA
A denúncia, apresentada pelo procurador Roberto Farah Torres. Ela aponta aponta que após o crime, foram recolhidos materiais deixados no local. Entre elas, ferramentas, bolsas de viagem e pacotes de dinheiro. Além disso, também foi identificado o perfil genético completo de um homem na saliva achada em uma lata de cerveja, cujos dados foram inseridos no Banco Federal de Perfis Genéticos (BFPG).
Segundo o documento, a análise da amostra da lata de cerveja se mostrou semelhante ao perfil identificado em outra amostra recolhida em uma tentativa de roubo em 2019. O laudo aponta que a hipótese de os perfis genéticos serem do mesmo indivíduo é “extremamente forte“, no caso, do suspeito de 50 anos apontado no pedido, que virou réu do processo.
O pedido do MPF ainda esclarece que outros dados genéticos recolhidos no crime de 2019 também foram cruzados com materiais coletados no mega-assalto à agência central da Caixa Econômica em Santos. No entanto, a única semelhança notada foi do material genético do réu.
Entenda o caso
Em dezembro de 2017, uma quadrilha com mais de dez criminosos realizou um mega-assalto na agência central da Caixa Econômica Federal em Santos. Segundo a polícia, os bandidos estavam armados e utilizaram uniformes da Polícia Militar, toucas ninja e máscaras que imitam a pele humana. Dessa forma, não eram reconhecidos.
No crime, a quadrilha fez uma vigia da agência de refém, enquanto realizava o assalto. Os bandidos levaram dinheiro, armas e joias penhoradas, que estavam nos cofres da agência. De acordo com o Ministério Público Federal, as joias eram avaliadas em aproximadamente R$ 20 milhões, e a quantia em dinheiro subtraída somava R$ 328 mil e € 9,4 mil.
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