Saúde

O perigo do cigarro eletrônico nas escolas

Equipamento tem sido utilizado como alternativa ao cigarro, mas também é um risco à saúde

Nos últimos tempos, jovens e adultos tem procurado fazer o uso do cigarro eletrônico, que em tese é visto como menos tóxico do que o cigarro convencional. Por conta disso, o consumo também está chegando ao público de adolescente. Mas ele também gera riscos à saúde. Por isso a ordem é prevenir que o cigarro eletrônico seja utilizado.

Em Jundiaí, Interior de São Paulo, a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) promoveu um bate papo e palestra em uma escola particular para enfatizar os problemas que o vício traz.

A partir daquele momento, o projeto que era para ser uma única palestra neste colégio, ganhou proporções grandes e a Faculdade de Medicina de Jundiaí recebeu muitos convites para falar sobre o assunto. A palestra também já aconteceu na Escola La Fontaine para mais de 300 alunos. As próximas ações acontecem no colégio Domus Sapiens, Colégio Crer e em breve o pneumologista atenderá o convite de uma escola de São Paulo na Vila Madalena.

A Rede Noticiaz conversou com o pneumologista e professor da FMJ, Eduardo Leme e ele emitiu o alerta do uso do cigarro eletrônico.

“O cigarro eletrônico até tem eficácia no combate ao tabagismo, pois tem nicotina, mas tem menos efeitos para deixar o problema. Só que ele continua dependente e viciado em cigarro, mesmo tendo menos substâncias que impactam a saúde e existem outras formas que a pessoa deve utilizar para largar o vício do fumo”, conta.

Malefícios

Eduardo também aborda os perigos que o cigarro eletrônico provoca, especialmente o pulmão. “O pulmão e todo o corpo sofrem com os efeitos que a nicotina traz, mesmo sendo pelo cigarro eletrônico. Pesquisa afirma que o cigarro pode mudar o DNA e gerar uma pré-disposição ao câncer. Ele tem essências e sabores diferentes, mas contam com componentes químicos que são ilegais no Brasil e passa a ser um produto contrabandeado”.

“Outra coisa, o uso do cigarro eletrônico ainda é recente e os reais efeitos serão descobertos nos próximos anos. Mas atualmente já se sabe que o uso demasiado pode provocar danos a todo o corpo.

O pneumologista da FMJ, também reforça o alerta para que crianças e adolescentes não façam o uso do cigarro eletrônico. “Primeira coisa é que estes públicos e os pais sejam informados, saibam o que é e como o cigarro eletrônico age ao corpo. Diferente do que se fala que é pouco prejudicial, não é verdade. O conhecimento é necessário e o segundo passo é praticar regularmente a atividade física, pois assim, a pessoa se preocupa menos em seguir com o vício e cuide mais da saúde”.

O médico também diz que os governos municipal, estadual e federal devem fazer campanhas contra o uso do cigarro eletrônico, mostrando detalhes das consequências que ele pode trazer. “Existe uma explosão de consumo de cigarro eletrônico e isto vai gerar uma alta de casos de câncer e outras doenças pulmonares. Quem está dependente precisa buscar tratamentos médicos mais eficazes. Pois é ele que vai saber como a pessoa deve ser orientada”.

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