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Brasília tem segurança reforçada após atos antidemocráticos

Os mais de 170 presos no vandalismo ao Palácio do Planalto foram transferidos

Após os ataques e atos de vandalismo provocados por manifestantes bolsonaristas no domingo (8), a segurança em Brasília foi intensificada. Nesta segunda-feira (9), a Polícia Militar, junto com o Exército passaram a patrulhar as áreas, especialmente na região do quartel-general do Exército, onde os manifestantes se encontram e estão sendo dispersados.

A ação acontece após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moares, que deu 24 horas para que acampamentos fossem encerrados.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne, na manhã desta segunda-feira com a presidente do Supremo Tribunal (STF), Rosa Weber. Compromisso será no Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo que foi invadida e depredada por terroristas.

A reunião acontece um dia após os atos de terrorismo promovidos por bolsonaristas radicais nas sedes dos três poderes. Além do Planalto, também foram atacados o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Presos são transferidos

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal disse que os terroristas que invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes em Brasília começaram a ser transferidos. Os homens serão levados para o Complexo da Papuda e as mulheres para a Colmeia, Penitenciária Feminina do DF.

Ainda não há informações sobre quantos presos já chegaram nos presídios. Até a última atualização da reportagem, mais de 170 pessoas foram presas em razão dos atos antidemocráticos.

O acesso de servidores e jornalistas aos prédios vandalizados no domingo (8) segue restrito, enquanto peritos trabalham no levantamento dos danos e na coleta de material para as investigações. O Salão Azul, no Senado, é uma das áreas interditadas.

Já a Câmara dos Deputados informou na noite de domingo (8) a suspensão do expediente na segunda (9). Segundo a nota, a entrada na Casa ficará restrita a pessoas previamente convocadas ou autorizadas pela diretoria-geral.

Lula e os governadores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir, na noite desta segunda-feira, com governadores. Alguns estarão presentes, mas parte deles deve participar de forma remota.

No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na madrugada desta segunda-feira (9) afastar o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha do cargo por 90 dias.

Moraes tomou a decisão no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, do qual é relator, ao analisar um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e da Advocacia-Geral da União.

O ministro disse que os atos terroristas do domingo só podem ter tido a anuência do governo do DF, uma vez que os preparativos para a arruaça eram conhecidos.

“A escalada violenta dos atos criminosos resultou na invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, com depredação do patrimônio público, conforme amplamente noticiado pela imprensa nacional, circunstâncias que somente poderiam ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência, uma vez que a organização das supostas manifestações era fato notório e sabido, que foi divulgado pela mídia brasileira”, escreveu Moraes na decisão.

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