Convênio inédito promete impulsionar o turismo ecológico do Litoral Sul e Vale do Ribeira
As famílias da Ilha do Cardoso poderão ser as principais beneficiadas
O Litoral Sul de São Paulo e o Vale do Ribeira contam com uma reserva da Mata Atlântica, que mostram uma beleza ímpar com a preservação. E um convênio inédito para operação de turismo ecológico na região foi assinado, na sexta-feira (27), entre a Fundação Florestal, órgão vinculado ao Governo do Estado de São Paulo, e a Associação de Moradores do Itacuruçá e Pereirinha (AMOIP).
Segundo o Governo de São Paulo, a ação é inédita e deve capacitar 140 famílias locais, além de gerar renda para a comunidade. O órgão explica que os moradores vão poder administrar uma a área de uso público, no Parque Estadual Ilha do Cardoso, em Cananeia, durante cinco anos, período que a medida será válida. Durante estes anos, as famílias capacitadas devem administrar pontos de hospedagem, trilhas, refeitórios, centro de visitantes e outros espaços, além de promover o ecoturismo.
O Parque Estadual Ilha do Cardoso, localizado no Vale do Ribeira, é uma unidade de conservação, que segundo o Estado, recebe cerca de 35 mil visitantes por ano. Dividido em dois núcleos, Marujá e Perequê, possui área de 13.600 hectares. A ilha conta com lanchonete, auditório, alojamento, pousada, centro de artesanato e placas para energia fotovoltaica [quando a luz solar se converte em eletricidade].
Em nota, a secretaria estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística afirmou que essa é uma parceria importante para diversificar a oferta de serviços, melhorar a experiência dos visitantes e incentivar o desenvolvimento da região, mantendo a conservação da biodiversidade e o respeito aos direitos das comunidades tradicionais.
A Fundação Florestal pontuou que o turismo protagonizado pela comunidade promove uma experiência intercultural, qualidade de vida e a valorização da história e da cultura dos moradores.
Organização
A secretaria explicou que será responsabilidade da AMOIP gerenciar e operar as atividades de apoio ao uso público, destacando a cultura tradicional, realizar manutenções rotineiras, ações de limpeza e gerenciamento dos resíduos sólidos.
A associação deverá também disponibilizar vagas de hospedagem para integrantes da rede pública de ensino, reduzir valores de estadia para pesquisadores, promover roteiros pedagógicos, além de apoiar eventos técnico-científicos sediados no parque.
Já a Fundação Florestal entregará as estruturas em condições de receber os visitantes, além de disponibilizar o site de venda on-line e organizar cursos de capacitação e aprimoramento.
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