Navio abandonado pode virar ponto turístico

Desde 1967, o navio Professor Wladimir Besnard, que recebeu o nome para homenagear o cientista russo-francês, trazido para a Universidade de São Paulo, teve grande importância para uma série de pesquisas da USP pelos mares do Brasil e do mundo.Foi a partir dele que o Instituto Oceanográfico foi criado e fez uma série de pesquisas sobre a vida marinha. Ao todo foram 3 mil dias de navegação, 150 viagens e 68 diários de bordo aos mais variados locais.

Mas depois que sofreu um incêndio na Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, no ano de 2008, começou o fim dos trabalhos da embarcação. E também se iniciou uma polêmica que dura até os dias atuais. Ele está ancorado no Porto de Santos, mas pertencia à Prefeitura de Ilhabela, que queria afundar e torná-lo um recife artificial. Mas o advogado Fernando Liberalli conseguiu adquirir a embarcação e surgiu outra possibilidade do destino do Besnard: ser um museu flutuante.

O impasse já dura há pelo menos 12 anos, quando o navio foi aposentado. De lá pra cá ele segue ancorado no Porto e em estado de abandono. Até chegou a ter risco de problemas ambientais, pois com o seu afundamento, o combustível ainda presente poderia contaminar o Canal do Estuário. O Ibama e outros órgãos já esvaziaram a a água acumulada, isolaram com boias para evitar qualquer vazamento e tem buscado garantir a conservação.

O desafio agora é resolver o futuro do navio Professor Wladimir Besnard. A deputada federal Rosana Valle escreveu um artigo ao jornal Diário do Litoral, defendendo a transformação para que ele seja uma atração turística e até para pesquisas.

A parlamentar já se colocou a disposição para que a Santos Port Authority (Antiga Codesp), ajude na missão da revitalização da embarcação e assim dar um impulso no turismo e na economia da cidade e até do próprio complexo portuário, que seria beneficiado e estimulado a ter revitalização.