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Joe Biden é eleito presidente dos Estados Unidos

Ele conseguiu alcançar os 270 votos dos delegados e é o 46º chefe do Executivo americano

Demorou, mas enfim chegou o resultado. O democrata Joe Biden foi eleito presidente dos Estados Unidos neste sábado (7). Ele passou o número de 270 votações dos delegados do Colégio Eleitoral que eram necessários para se eleger. A vitória veio em Pensilvânia, um dos principais estados no pleito americano.

A eleição começou na última terça e Biden já tinha obtido na ocasião mais de 70 milhões de votos, número recorde até então no país, mas era necessário que os delegados fizessem a escolha. Donald Trump, atual presidente dos EUA tinha a confiança que poderia vencer justamente com a votação dos delegados nos colégios eleitorais. Ele ganhou na maioria dos estados, porém nos lugares considerados principais e com a maior quantia dos delegados, Biden levou a melhor.

Nas redes sociais Joe Biden fez um agradecimento nas redes sociais e afirmou que será um presidente para todos os americanos.

“América, estou honrado por ter me escolhido para liderar nosso grande país. O trabalho que temos pela frente será árduo, mas prometo o seguinte: serei um presidente para todos os americanos – quer você tenha votado em mim ou não. Vou manter a fé que vocês colocaram em mim”, postou Biden no Twitter.

Os veículos de comunicação dos Estados Unidos alegam que o resultado é suficiente para que a sociedade americana reconheça a eleição de um presidente. Na manhã deste sábado, faltavam pelo menos 6 votos no colégio eleitoral para que Biden chegasse a 270 e sua vitória se confirmasse, segundo as projeções da Associated Press. Com a vitória projetada na Pensilvânia, Biden chegou a 284 delegados.

Outros veículos, como o “New York Times”, por exemplo, ainda não haviam declarado Biden vencedor no Arizona, que tem 11 delegados. Porém, com os 20 votos eleitorais da Pensilvânia, a disputa no Arizona passou a ser indiferente, já que não muda mais o resultado.

Reação de Trump

O presidente Donald Trump alega que a eleição está sendo roubada e promete ações na Justiça. Logo após a declaração de Biden como vencedor na imprensa americana, sua campanha soltou nota dizendo que a eleição não acabou. A campanha republicana pediu recontagem em Wisconsin e tenta suspender a apuração na Pensilvânia, na Geórgia e em Michigan.

Também pediu interferência em um caso pendente na Suprema Corte dos EUA sobre a Pensilvânia, um estado importante da disputa que ainda está contando centenas de milhares de cédulas enviadas pelo correio. O republicano tenta impedir que o estado conte votos que cheguem depois da eleição.

Essas manobras judiciais de Trump ocorreram após ataques do republicano contra a integridade da votação, ao mesmo tempo em que declarou vitória e sugeriu — sem comprovação — que os democratas tentariam fraudar a eleição.

Trump está tentando evitar se tornar o primeiro presidente em exercício dos EUA a perder uma candidatura à reeleição desde George H.W. Bush, em 1992.

As propostas de Biden

  • Coronavírus: Biden tem como propostas aumentar o número de testes e torná-los mais acessíveis caso seja eleito. Ele ainda estuda um projeto de lei que obrigaria as pessoas a usar máscaras. Além disso, ele planeja mobilizar 100 mil pessoas para uma espécie de exército de servidores que terão como função rastrear o vírus e a epidemia.
  • Acesso à saúde: o democrata propõe criar uma empresa estatal que vai oferecer planos de saúde mais acessíveis. A ideia é que, dessa forma, os preços vão baixar. Ele também pretende ter uma política de preços para os remédios.
  • Tributos: Biden afirmou que pretende aumentar a alíquota de impostos entre as pessoas de maior renda dos EUA, mas ele prometeu não levantar a taxa para 90% dos contribuintes.
  • Proteção ambiental: a proposta de Biden é começar um movimento para diminuir as emissões e chegar a 2050 como um país neutro. Ele também pretende voltar ao Acordo de Paris. Trump saiu do acordo e acabou com mais de 100 regras para preservar o ambiente eu seu mandato. Ele afirmou que não pretende fazer uma transição de combustíveis fósseis para renováveis.

Kamala Harris

A senadora Kamala Harris, de 55 anos, se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos. Ela é companheira de chapa do democrata Joe Biden, eleito presidente dos EUA no pleito de 2020, segundo projeções de diversos veículos de imprensa, como Associated Press, ‘New York Times’, NBC e CNN.

A anúncio de Harris foi a confirmação de uma promessa feita por Biden em março deste ano, quando disputava com Bernie Sanders a candidatura pelo Partido Democrata. Em um debate, Biden disse que escolheria uma mulher como candidata ao cargo de vice-presidente.

Senadora pelo estado da Califórnia desde 2017, Harris chegou a se apresentar como pré-candidata à Casa Branca e liderou algumas das pesquisas internas do Partido Democrata. No entanto, foi perdendo apoio até deixar de vez a corrida presidencial.

Harris nasceu numa família de imigrantes: a mãe dela é indiana, e o pai, jamaicano. A mãe de Kamala, inclusive, se notabilizou pela pesquisa na área de câncer e como ativista de direitos civis.

Formada em direito e ex-procuradora do distrito de San Francisco e do estado da Califórnia, a agora vice-presidente eleita ganhou projeção nacional ao questionar duramente, em sabatinas no Senado, indicados por Trump para cargos de juiz da Suprema Corte e de Secretário de Justiça.

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