Após muita pressão, presidente revoga privatização das UBSs
Decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União
Depois de uma série de críticas sobre uma possível privatização das unidades básicas de saúde (UBSs), o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) voltou atrás e revogou a decisão de privatizar os postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
O chefe da Presidência antes de publicar a revogação, havia feito o anúncio nas redes sociais. “Temos atualmente mais de 4.000 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 168 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) inacabadas. Faltam recursos financeiros para conclusão das obras, aquisição de equipamentos e contratação de pessoal”, disse Bolsonaro na postagem.
“O espírito do Decreto 10.530, já revogado, visava o término dessas obras, bem como permitir aos usuários buscar a rede privada com despesas pagas pela União”, prosseguiu. Pouco tempo depois o presidente adicionou ainda mais um trecho e ainda menciona uma possível reedição do decreto.
“A simples leitura do Decreto em momento algum sinalizava para a privatização do SUS. Em havendo entendimento futuro dos benefícios propostos pelo Decreto o mesmo poderá ser reeditado”, escreveu.
A privatização
Na terça-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia Paulo Guedes assinaram um decreto que permitia o estudo de uma privatização das unidades básicas de saúde. Segundo o decreto, os estudos sobre as UBS deveriam avaliar “alternativas de parcerias com a iniciativa privada para a construção, a modernização e a operação de Unidades Básicas de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.
Entretanto a reação da população não foi nada animadora. Diversos protestos contra tal medida pôde ser acompanhada nas redes sociais. Devido a repercussão negativa, Bolsonaro recuaram nesta iniciativa.
Leia também