Saúde

Vacina chinesa contra a COVID-19 chega ao Brasil

Os testes em 9 mil pessoas irão ser feitos

Chegou no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, nessa segunda-feira, as doses de vacinas contra o coronavírus fabricadas pelo laboratório da China Sinovac Biotech. O Instituto Butantã é o responsável pela realização dos testes que irão começar e ao todo, 9 mil pessoas, todos profissionais de saúde vão passar pelos testes para saber a real eficácia da imunização.

As doses experimentais serão aplicadas em 5 estados brasileiros: São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal. A inscrição e triagem inicial dos voluntários foi realizada pela internet com profissionais da saúde. Cada centros de pesquisa ficará responsável pelas informações coletadas dos voluntários, que serão sigilosas.

O Instituto Emílio Ribas, na Zona Oeste de São Paulo, começou a cadastrar na última quarta-feira os voluntários. As inscrições continuam abertas e a prioridade é testar os profissionais da área da saúde.

De acordo com o governo estadual, o Instituto Butantan está adaptando uma fábrica para a produção da vacina. A capacidade de produção é de até 100 milhões de doses. O acordo com o laboratório chinês prevê que, se a vacina for efetiva, o Brasil ficará com 60 milhões de doses para distribuição.

A parceria entre o laboratório chinês e o Butantan foi anunciada no dia 11 de junho. Na ocasião, o governador João Doria (PSDB) disse que, se comprovada a eficácia e segurança da vacina, ela será disponibilizada no SUS a partir de junho de 2021.

Esses novos testes da fase 3 da CoronaVac, nome da vacina, serão feitos em larga escala e precisam fornecer uma avaliação definitiva da eficácia e segurança, isto é, a vacina precisa ser capaz de criar anticorpos para imunizar contra a Covid-19 Outra vacina que também está na terceira fase é a de Oxford, que passará por testes pela Universidade Federal de São Paulo. Ela foi a primeira a receber autorização da Anvisa para os testes no país.

CoronaVac

A vacina da Sinovac já foi aprovada para testes clínicos na China. Ela usa uma versão do vírus inativado. Isso quer dizer que não há a presença do coronavírus Sars-Cov-2 vivo na solução, o que reduz os riscos deste tipo de imunização.

Vacinas inativadas são compostas pelo vírus morto ou por partes dele. Isso garante que ele não consiga se duplicar no sistema. É o mesmo princípio das vacinas contra a hepatite e a influenza (gripe).

Ela implanta uma espécie de memória celular responsável por ativar a imunidade de quem é vacinado. Quando entra em contato com o coronavírus ativo, o corpo já está preparado para induzir uma resposta imune.

Cientistas chineses chegaram à fase clínica de testes – ensaios em humanos – em outras três vacinas. Uma produzida por militares em colaboração com a CanSino Biologics, e mais duas desenvolvidas pela estatal China National Biotec.

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