
Uma escola particular de Jundiaí vai ser investigada pela Polícia Civil. O motivo é porque teria ocorrido um ato de racismo. A família de uma criança de 10 anos fez a denúncia porque que se sentiu constrangida ao ver a menina em um material publicitário em cima do rosto da menina, que é negra, que acabou sendo publicado nas redes sociais.
O Boletim de Ocorrência foi feito pelos familiares e o delegado Antônio Seleguin Junior, responsável pela investigação classificou como ‘preconceito de raça ou de cor’, especificado como ‘racial’. A unidade se manifestou sobre o caso alegando equívoco na elaboração do anúncio.
Entenda o caso
A família explicou que a peça foi publicada pela unidade escolar na última sexta-feira (20), dia da Consciência Negra, pela reflexão contra o racismo. O pai da criança contou que jantava na casa de amigos, quando a filha viu nas redes sociais o anúncio da escola.
Nela apareciam três crianças brancas e uma preta, justamente a da filha. Sobre a imagem da menina havia uma tarja com os dizeres; ‘importante na escola não é só estudar, é também criar laços de amizade e convivência’, parafraseando o educador e filósofo, Paulo Freire.
O pai relatou aos policiais civis sobre a situação “vexatória”, sobre a condição a que sua filha foi exposta no anúncio. Ele ainda contou sobre mensagens de indignação postadas por diversas pessoas na referida postagem, além de frases de apoio à vítima, já bastante consternada.
Na denúncia ele ainda relata que, após incessantes mensagens de repúdio à postagem, o colégio retirou o material publicitário da rede. Todo o material relatado pelo pai da criança foi anexado à denúncia e será usado pela Polícia durante as investigações. O caso será encaminhado ao 7º DP.
Posicionamento da escola
Após contato feito pela reportagem, a escola se manifestou sobre o caso através de seu advogado. Segue a nota:
“A agência de publicidade encarregada do marketing do colégio, por equívoco na elaboração do layout de uma postagem, acabou permitindo que a caixa de texto fosse colocada sobre parte da imagem de uma das alunas fotografadas. Esse ato involuntário acabou gerando alguns comentários sobre uma possível ato discriminatório, o que vai na direção oposta da filosofia da escola, que sempre repudiou atos dessa natureza e pautou-se por práticas inclusivas. A irregularidade foi imediatamente reparada e não pode justificar, de forma alguma, a injusta e oportunista reação de algumas pessoas. O Colégio já ingressou em juízo para que sejam retiradas as postagens que atentam contra sua honra objetiva, como também vem se reunindo com os pais para as devidas explicações. Felizmente, os alunos e seus pais entenderam a postura correta do Colégio e estão colaborando para que a sua imagem permaneça íntegra e imune a ataques injustos e radicais.
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