Saúde

Taxa de contágio da COVID-19 aumentou no Brasil

De 1,10 ela passou a ser de 1,30 e mostra tendência de alta de casos

A taxa de contágio da COVID-19 aumentou no Brasil nos últimos 2 meses. Ela já é a maior desde maio, segundo o monitoramento feito pela Imperial College de Londres. O relatório mostra que o índice está em 1,30. Isso significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitem o vírus para outras 130 pessoas. Pela margem de erro das estatísticas, essa taxa pode ser maior (Rt de até 1,45) ou menor (Rt de 0,86).

Nesses cenários, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 145 ou 86, respectivamente. A última vez que a taxa de transmissão no Brasil esteve tão alta foi na semana de 24 de maio, quando atingiu 1,31. O valor máximo possível naquela data, considerando a margem de erro, foi de 1,34.

Simbolizado por Rt, o “ritmo de contágio” é um número que traduz o potencial de propagação de um vírus: quando ele é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança.

Depois de ficar abaixo de 1 por cinco semanas seguidas, entre o final de setembro e o final de outubro, a taxa no Brasil voltou a ficar acima de 1 no início de novembro.

Há duas semanas, o número ficou em 0,68, o menor valor desde abril – mas a data coincide com o apagão de dados que atrasou a atualização de casos e mortes por Covid-19 pelo Ministério da Saúde. Como o Rt também considera esses dados, isso afeta as estimativas.

Segunda onda do coronavírus

Na segunda-feira (23), pesquisadores brasileiros divulgaram uma nota técnica na qual, baseados em dados da pandemia do novo coronavírus no Brasil, afirmam que o país vive o “início de uma 2ª onda”.

Eles apontaram ao menos três fatores para o “aumento explosivo” ou “manutenção da grande circulação do vírus”:

  • falta de “testagem sistemática com rastreamento de casos”;
  • falta de uma “política central coordenada, clara e eficaz de enfrentamento da situação”;
  • “afrouxamento das medidas de isolamento sem evidências empíricas, sem uma análise cuidadosa por uma painel de especialistas”.

O Brasil tinha 169.541 mortes por coronavírus confirmadas até as 8h desta terça-feira (24), segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. O número é o segundo maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

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