Economia

Homem mais rico do Brasil morre aos 82 anos

Joseph Safra se tornou um dos principais banqueiros do Brasil

Nesta quinta-feira (10), morreu o banqueiro dono do Banco Safra, Joseph Safra. Ele tinha 82 anos e se tornou o homem mais rico do Brasil, segundo a revista Forbes. Ele sofria de mal de Parkinson e seu falecimento foi de causas naturais.

Joseph construiu um império bancário, onde a instituição está presente em 25 países, incluindo o Brasil. Em sua gestão ele teve R$ 1 trilhão ao todo. A revista Forbes registrou que ele tinha um patrimônio de US$ 23,2 bilhões. Com tudo isso, o banqueiro virou o homem mais rico do Brasil e o 63º em todo o mundo.

Os últimos anos de Joseph Safra foram na Suíça. Ele já sofria de mal de Parkinson e estava sendo cuidado pela mulher Vicky, com quem teve 4 filhos. Mas mesmo debilitado, ainda estava presente na participação dos negócios.

História de Safra

Joseph Safra é da quarta geração de uma tradicional família de banqueiros, com origem na Síria, que começou financiando o comércio entre as cidades de Aleppo, Constantinopla e Alexandria. Jacob, pai de Joseph, mudou-se para o Líbano depois da Primeira Guerra Mundial e abriu o Jacob Maison de Banque em Beirute. Foi lá que Joseph nasceu, em 1938.

A vinda para o Brasil, na década de 1950, tem relação com a perseguição aos judeus no Oriente Médio, após a criação do Estado de Israel. Joseph contou certa vez que seu pai migrou com a família buscando um refúgio, porque acreditava que a terceira guerra não demoraria a começar.

Antes de se juntar aos pais e irmãos em São Paulo, Joseph Safra concluiu os estudos na Inglaterra e chegou a trabalhar no Bank of America, nos EUA. Edmond, o mais velho dos nove irmãos, assumiu os negócios da família no exterior, enquanto Moise e Joseph ajudavam Jacob no Brasil.

Em 1999, Edmond Safra foi assassinado no apartamento onde vivia com a mulher Lilly, em Mônaco, após um incêndio criminoso provocado por um de seus enfermeiros. A morte desencadeou uma briga familiar em torno da herança.

Banco se tornou um dos mais importantes para grandes negócios no Brasil e no mundo.

Sem chegar a um acordo para que Moise vendesse sua participação no banco, Joseph fundou o J. Safra, com as mesmas características e para atender aos mesmos clientes. Os dois só chegariam a um acordo em 2006.

A essa altura, perto de completar 70 anos, Joseph já começava a colocar em curso seu plano de sucessão, para entregar o comando dos negócios aos filhos Jacob, Alberto e David (Esther chegou a trabalhar durante um ano do banco, e hoje é dona da escola judaica Beit Yaacov, em São Paulo). A troca de bastão, no entanto, acabou sendo adiada por causa da crise financeira global.

Mesmo nas grandes crises financeiras, o banco nunca precisou de socorro do governo. Mas, nos bastidores, o banqueiro sempre esteve perto do poder.

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