Governo de SP afirma que CoronaVac é eficaz contra a COVID-19
Mas novamente o relatório não foi divulgado
O Governo de São Paulo realizou uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (23) e informou que a CoronaVac é a vacina mais eficaz em relação às outras que estão sendo testadas no Brasil. No entanto a divulgação dos dados que comprovam estes resultados foram adiados mais uma vez.
O imunizante desenvolvido pela farmacêutica Sinovac, junto com o Instituto Butantan é visto como uma das esperanças para o combate à COVID-19. O diretor do Instituto, Dimas Covas comprovou a eficácia e disse que o mesmo ocorreu em fases anteriores.
“Recebemos também os dados de eficácia. Nós atingimos o limiar da eficácia que permite o processo de solicitação de uso emergencial, seja aqui no Brasil, seja na China”, disse Covas. Ele se justificou dizendo que o adiamento da divulgação se deve a uma cláusula no contrato assinado.
“Temos um contrato com a Sinovac que especifica que o anúncio deste número precisa ser feito em conjunto, no mesmo momento. Então ontem mesmo apresentamos esses números à nossa parceria que, no entanto, solicitou que não houvesse a divulgação do número pelo motivo que eles necessitam analisar cada um dos casos para poder aplicar esses casos à agência NMPA, que é a Anvisa da China”, completou.
A previsão inicial é que os dados fossem apresentados no último dia 15 deste mês, mas ele foi adiado para esta quarta-feira, o que novamente não aconteceu. Há a previsão de que os dados da eficácia sejam mandados para à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Opinião do secretário de Saúde
O secretário de Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que a eficácia da vacina é superior a recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de pelo menos 50%.
Gorinchteyn disse também que os dados obtidos já seriam suficientes para dar entrada no pedido de autorização para uso do imunizante, mas que o governo respeitaria os “trâmites burocráticos”.
“Baseados nos dados que nós temos, nós já podemos dar entrada na nossa Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mas nós estamos respeitando esses trâmites burocráticos que fazem parte das tratativas comerciais para que possamos então, de forma conjunta, termos este resultado igualitário e isonômico entre os vários países. Portanto nós temos esses dados e poderíamos dar início imediato para a nossa agência regulatória se assim o que quiséssemos”, disse Gorinchteyn.
O secretário disse ainda que, apesar do atraso, a vacinação no Estado terá início no dia 25 de janeiro. O começo da campanha de vacinação estadual, no entanto, depende da aprovação da vacina pela agência regulatória.
“Todo o planejamento com relação à vacina continua. A produção das doses da vacina está acontecendo aqui na fábrica do Instituto Butantan e nós iniciaremos nosso programa estadual de imunização do estado de São Paulo agora no dia 25 de janeiro. Apesar dessa não revelação de dados de eficácia específicos, nós temos a superioridade deles, o que dá a tranquilidade”, disse Gorinchteyn.
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