Uma empresa de gás de Jundiaí irá enviar 300 cilindros de oxigênio para os hospitais de Manaus, capital do Amazonas. A cidade vive um drama pela falta de oxigênio para atender pacientes internados com coronavírus. Diversas medidas vem sendo tomadas para fazer o reabastecimento. O estado vem tentando conseguir doações e aquisições com outros estados e até mesmo com outros países, como Estados Unidos e Venezuela.
O caos vem tomando conta no sistema de saúde amazonense, porque houve recorde de internações por COVID-19. Os enfermos precisaram ser deslocados para outros estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
A indústria Brasileira de Gás (IBG), que fica em Jundiaí, fechou acordo com empresários e a missão agora é estudar a melhor forma de fazer o transporte de cilindros até Manaus. O presidente comentou o desafio logístico para este transporte.
“Por estrada é complicado o acesso e leva muito tempo. Nós não podemos permitir que vidas sejam ceifadas assim. Então, temos que levar por via aérea. Porém, no Brasil nós não temos como colocar uma carreta com produto no estado criogênico dentro de uma aeronave, por conta do tamanho”, diz Newton de Oliveira.
De acordo com uma pesquisa feita pela indústria, o hospital de Manaus necessita de, pelo menos, 57 mil metros cúbicos de oxigênio por dia. Newton disse que a empresa está em contato com o Hospital Sírio Libanês e com a equipe da Câmara Brasil-China. Juntos, estudam a possibilidade de trazer um super cargueiro dos Estados Unidos para que, assim, possam enviar uma grande quantidade de oxigênio.
“Levar esse produto em cilindros seria muito complicado porque vai demandar uma quantidade muito grande de cilindros. O oxigênio, quando tá no estado líquido, reduz em 80% o seu volume. Por isso, o nosso interesse é tentar levar no estado líquido e em carretas criogênicas”, explica o presidente.
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