
Será inaugurada nesta quinta-feira (11) pela Catedral Nossa Senhora do Desterro, em Jundiaí, o Memorial Dom Gabriel. O espaço serve para homenagear Dom Gabriel Paulino Couto, que foi o primeiro Bispo da Diocese de Jundiaí. Serão expostos objetos pessoais e outras peças.
A abertura poderá ser vista nos canais da Diocese de Jundiaí, mas também na Catedral Nossa Senhora do Desterro. Uma missa será presidida pelo atual Bispo Diocesano, Dom Vicente Costa, às 18h30. Depois da celebração será inaugurado o Memorial Dom Gabriel.
Para quem deseja ir presencialmente é necessário realizar o agendamento prévio. Elas devem ser feitas na secretaria da Catedral pelos telefones: (11) 4586-0248, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas.
O espaço foi organizado pelo Padre Venilton Calheiros e fica próximo à cripta da Catedral – local que se encontra sepultado o corpo do Bispo. A data de inauguração marca ainda o 39º aniversário do falecimento de Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, que está em processo de canonização.
Serviço:
Evento: Missa de Inauguração do Memorial Dom Gabriel
Data: 11 de março
Horário: 18h30
Local: Catedral Nossa Senhora do Desterro (facebook.com/catedraljundiai) e Diocese de Jundiaí (facebook.com/diocesejundiai)
Quem foi Dom Gabriel?
Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, carmelita, nasceu em 22 de junho de 1910, em Itu, São Paulo. Ainda adolescente, ingressou no Seminário de Bom Jesus de Pirapora e, posteriormente, seguiu para o Convento dos Padres Carmelitas, em Itu, onde, em 1927, recebeu o hábito carmelita e realizou seu noviciado. Sua profissão religiosa foi realizada em 30 de dezembro de 1928. Realizou seu curso de Teologia no Colégio Internacional Santo Alberto, em Roma, frequentando a Pontifícia Universidade Gregoriana.
Emitiu seus votos perpétuos em 1931, e foi ordenado presbítero no dia 9 de julho de 1933, em Roma, onde permaneceu por 17 anos. Foi sagrado bispo, aos 36 anos no dia 15 de dezembro de 1956, e exerceu seu ministério episcopal, na qualidade de Bispo Auxiliar, nas seguintes Dioceses: Jaboticabal (1946-1954), Curitiba (1954-1955), Taubaté (1955-1965) e São Paulo (1965-1966). Nessa condição, Dom Gabriel esteve presente em todas as sessões do Concílio Vaticano II (1962-1965).
A nomeação
No dia 21 de novembro de 1966, foi nomeado pelo Papa Paulo VI como primeiro Bispo Diocesano de Jundiaí – SP, onde permaneceu até sua morte, em 11 de março de 1982. De 1968 a 1971, foi também Administrador Apostólico da Diocese de Bragança Paulista.
Em 1972, foi um dos signatários do documento Testemunho de Paz: declaração conjunta do episcopado paulista. Essa declaração foi a primeira manifestação do episcopado brasileiro sobre as prisões e torturas cometidas pelo governo militar no Brasil. No funeral de Dom Gabriel, testemunhou o Cardeal Arns, Arcebispo de São Paulo: “Lembranças que vamos guardar de Dom Gabriel: um homem que reza e faz da sua vida uma oração… Parece que toda a sua vida se transformou numa oração, como o sol que passa por tudo para renovar a existência de cada qual que entrasse em contato com ele”.
Seu lema episcopal é inspirado no salmo 115,16 – FILIVS ANCILLAE TVAE (“Sou filho de tua Serva! ”), expressando a disposição de servir a Deus, na sua Igreja, com a humildade de um filho de Nossa Senhora. Homem de ardor missionário, cunhou a máxima: “Dar Cristo a quem não O tem e consciência de Cristo a quem já O possui! ”.
Seu ministério episcopal foi marcado pelo sofrimento devido ao tratamento de tuberculose pulmonar. Frade e pastor exemplar, foi reconhecido como um homem que colocou Cristo no centro de sua vida.
Sua última mensagem escrita foi: “Jesus é tudo para o padre!”. Seu túmulo está na cripta da Catedral Nossa Senhora do Desterro, na cidade de Jundiaí.
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