Bolsonaro cria comitê de combate à Covid-19
Além do Congresso Federal, uma parceria com os governadores foi feita
O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) se reuniu com chefes de poderes, ministros e governadores para discutirem medidas de combate à pandemia da Covid-19. O país vive o auge, onde só na terça-feira (23) houveram mais de 3 mil mortes confirmadas. Assim foi criado um comitê anti Covid.
Bolsonaro deu um breve pronunciamento sobre a reunião feita, só que esclareceu que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM) é quem irá levar as demandas pedidas pelos governadores para ajudar no enfrentamento da doença e também nas aquisições de vacinas.
“Resolvemos, entre outras coisas, que será criada uma coordenação junto aos governadores, com o senhor presidente do Senado Federal. Da nossa parte, um comitê que se reunirá toda semana com autoridades para decidirmos ou redirecionarmos o rumo do combate ao coronavírus”, afirmou o presidente em um breve pronunciamento após o encontro, ao lado dos governadores, ministros e chefes de poderes.
Mas depois de muita insistência e polêmica, o chamado tratamento precoce, que Bolsonaro defendia, com medicamentos que não tem a eficácia contra a Covid-19, foi descartado. “Tratamos também de possiblidade de tratamento precoce. Isso fica a cargo do ministro da Saúde, que respeita o direito e o dever do médico off-label tratar os infectados”, argumentou Bolsonaro.
Vida ‘em primeiro lugar’
O presidente disse ainda que defende “a vida em primeiro lugar”. Mas desta vez, ao contrário de suas falas habituais, Bolsonaro não equiparou a manutenção de empregos à vida na categoria de prioridade. A reunião entre Bolsonaro, governadores, ministros e chefes de poderes ocorre em um momento em que o Brasil chega perto da marca de 300 mil mortos por Covid-19, em pouco mais de um ano.
O país vive o momento mais grave da pandemia, com sucessivos recordes diários de número de mortes e de novos casos. Além disso, os sistemas de saúde nos estados estão sobrecarregados, com filas nas UTIs e ameaça de falta de oxigênio hospitalar e de insumos para intubação de pacientes.
Vacinas
Em sua fala, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a articulação entre União, estados e municípios vai ajudar a agilizar a vacinação e diminuir os efeitos da pandemia. “A conclusão é o fortalecimento do SUS, articulado nos três níveis, União, estados e municípios, para prover à população brasileira, com agilidade, uma campanha de vacinação que possa atingir uma cobertura vacinal capaz de reduzir a circulação do vírus”, afirmou o ministro.