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Café, mate e Jerez são tendências em coquetelaria

Especialistas mostram como explorar a versatilidade desses ingredientes na criação de drinks, experiências de impacto e para turbinar o cardápio

O café, o mate e o vinho espanhol Jerez já são utilizados na criação de drinks, mas em escala bem menor do que as possibilidades que oferecem. No ano passado, inclusive, foram apontados como grandes tendências em coquetelaria, o que, devido às restrições da pandemia, segue valendo para 2021, principalmente pela valorização dos insumos nacionais. Nesse contexto, o BCB São Paulo apresenta 3 receitas de coquetéis que mostram a versatilidade e o poder de impacto desses produtos.

Dedicado aos profissionais que trabalham com bebidas destiladas na América Latina, o evento acredita que tão importante quanto conhecer os ingredientes é entender como explorá-los. Dessa forma, para detalhar sobre o potencial do café, mate e Jerez nas criações, o BCB SP convida Carolina Oda, Especialista em Bebidas e Embaixadora do evento, e Ana Paula Ulrich, Head Bartender do Hotel Palácio Tangará e atual campeã brasileira do Patrón Perfectionists.

1 Café

Com a pandemia, ficou mais difícil conseguir ingredientes de fora do país. O lado positivo disso é o fortalecimento do mercado nacional. No caso do café, além do Brasil ser o maior produtor do mundo, o crescimento da utilização na coquetelaria deve ser impulsionado pela aproximação entre as cafeterias e os bares. “Cada vez mais temos baristas com interesse em coquetelaria e bartenders ligados em cafés. Também devemos levar em conta que o produto está no dia a dia e no coração dos brasileiros”, lembrou Carolina.

Para ilustrar, Ana Paula indicou a receita de um Espresso Tônica:

Ingredientes

– 30 ml de café espresso

– 100 ml de tônica

– 1 rodela de laranja ou de outra fruta cítrica

Modo de Preparo

Preencha um copo com gelo, acrescente o café espresso de sua preferência e complete com tônica. Por fim coloque a rodela de fruta cítrica para dar um toque frutado.

 2 Mate 

Assim como o café, o mate, além de ser um ingrediente muito marcante, é facilmente encontrado no Brasil. De acordo com Ana Paula, o insumo pode ser bem aproveitado em diversos tipos de bebidas e a utilização ainda contribui para a valorização da cultura local. “Estreitamos laços e é ótimo quando as pessoas conseguem entender suas raízes. Boa parte dos estrangeiros que atendo possui um olhar de curiosidade sobre nossa gastronomia e é bacana apresentar o que temos. O mate fica ótimo em Punchs e ainda combina com o clima tropical”, explica.

Como exemplo de aplicação, a Bartender traz uma adaptação de uma criação própria: o Punch da Hospitalidade:

 

Ingredientes

– 100 ml de suco de limão tahiti

– 100g de açúcar ou mel

– 100g de caju cortado em fatias

– 200g de abacaxi cortado em pedaços

– 300 ml de Cachaça

– 300 ml de mate (infusão)

– 5 pauzinhos de canela

Modo de Preparo

Infusione 3 saches de erva mate em 300 ml de água quente por 5 minutos para utilizar o ingrediente. Misture todos os ingredientes em uma jarra ou poncheira e acrescente gelo.

3 Jerez

Ainda segundo Ana Paula, até alguns anos atrás o Jerez, estilo de vinho fortificado, era pouco ofertado no Brasil. O crescimento da bebida no mercado nacional e a maior divulgação por parte dos especialistas levaram ao aumento da utilização em coquetéis. “Acredito que o Jerez é uma grande tendência de 2021 e que os consumidores estão curiosos e mais abertos a experimentar e a pedir drinks que o usam”, afirma.

Para comprovar, a profissional ensina como preparar o drink chamado Coronation:

 

Ingredientes:

– 45 ml de Vermute Seco

– 45 ml de Jerez Fino

– 5 ml de Licor Luxardo

– 2 dashes de Bitter de Laranja

OBS: dash é a medida comumente usada para Bitters em que cada dash equivale à aproximadamente 10 gotas.

Modo de preparo:

Misture todos os ingredientes e sirva em uma taça coupe.

Conhecimento sobre os ingredientes 

O café, o mate e o Jerez são ingredientes tão ricos quanto complexos. Para acertar em combinações e garantir a melhor experiência, é preciso conhecê-los. Para isso, não há outro caminho a não ser o de muito estudo.

“No caso do café e do mate, é necessário entender sobre métodos de extração e como trabalhar da melhor maneira o que a natureza oferece. Além disso, tanto esses insumos como o Jerez podem ser trabalhados de várias formas, o que reforça a necessidade de domínio e cuidado”, finaliza Carolina.

 

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