Casal acusado de matar menino Henry Borel é preso
Ele foi encontrado morto dentro do próprio apartamento
Nesta quinta-feira (8), o casal acusado de matar o menino Henry Borel, foi preso no Rio de Janeiro pela Polícia Civil. O vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) e a mãe da vítima, Monique Medeiros são os principais suspeitos de cometerem o assassinato.
O caso aconteceu quando na madrugada de 8 de março, Henry estava no apartamento onde a mãe morava com o vereador Dr. Jairinho, na Barra da Tijuca, e foi levado por eles ao hospital, mas ele chegou já sem vida.
Inicialmente o casal alegou que o menino sofreu um acidente em casa e que estava “desacordado e com os olhos revirados e sem respirar” quando o encontraram no quarto. Só que os laudos da necropsia de Henry e da reconstituição no apartamento do casal afastam essa hipótese. O documento informa que a causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática (no fígado) causada por uma ação contundente (violenta).
A Polícia Civil diz que, semanas antes de ser morto, Henry foi torturado por Jairinho. E a mãe, Monique, sabia. Nesta quinta (8) o vereador Dr. Jairinho e Monique foram presos temporariamente, suspeitos de tentar atrapalhar as investigações. Até o momento a defesa ainda não se manifestou sobre a prisão. Jairinho e Monique não falaram ao serem detidos.
Violência é apontada na necropsia
A primeira importante prova que chegou às mãos dos investigadores foi um laudo assinado pelo médico-legista Leonardo Huber Tauil, feito após duas autópsias realizadas no cadáver da criança, nos dias 8 e 9 de março.
No documento, o perito do Instituto Médico-Legal (IML) descreve que a criança sofreu “múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores”, “infiltração hemorrágica” na parte frontal, lateral e posterior da cabeça, apontou “grande quantidade de sangue no abdômen”, “contusão no rim” e “trauma com contusão pulmonar”.
A causa da morte foi por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente [violenta]”.
“Quando a criança cai, não bate com todos os lados ao mesmo tempo. Há lesões em muitas partes, em pontos diferentes da cabeça. O que posso afirmar é que esse menino não caiu da cama. São lesões praticadas por instrumento contundente, aplicado de forma violenta. Feitas por um adulto”, afirmou o médico-legista Júlio Cury, ex-diretor do IML.
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