A China informou que está cogitando a possibilidade de fazer a mistura das vacinas contra a Covid-19. A informação partiu do diretor Centro de Controle de Doenças da China, Gao Fu e a intenção é buscar maior eficácia contra contágio e mortes.
A fala de Gao numa conferência na cidade de Chengdu incluiu uma rara admissão de que as vacinas chinesas “não têm taxas de proteção muito altas”. “Agora está sob consideração formal se devemos usar vacinas diferentes de linhas técnicas diferentes para o processo de imunização”, acrescentou.
Segundo os especialistas, a mistura de vacinas, ou imunização sequencial, pode aumentar a eficácia. Pesquisadores britânicos, por exemplo, estão estudando uma possível combinação da Pfizer-BioNTech , que usa mRNA (ou RNA mensageiro), com a vacina Oxford/AstraZeneca, de tecnologia mais tradicional.
Mas Gao não deu maiores detalhes sobre as estratégias. Só que ele citou a tecnologia de mRNA como uma possibilidade. “Todos deveriam considerar os benefícios que as vacinas de mRNA podem trazer para a humanidade”, disse Gao. “Devemos seguir com atenção e não ignorar só porque já temos vários tipos de vacinas.”
As eficácias dos imunizantes
A eficácia da vacina CoronaVac na prevenção de infecções sintomáticas chegou a ser avaliada em 50,4% por pesquisadores, perto do limite de 50% que os especialistas em saúde estabeleceram para considerar que uma vacina tem utilidade. Em comparação, a vacina Pfizer-BioNTech apresentou eficácia de 97%.
Um porta-voz da Sinovac, Liu Peicheng, reconheceu que vários níveis de eficácia foram encontrados, mas disse que isso pode ser devido à idade das pessoas em estudo, à cepa do vírus e outros fatores.
A China distribuiu centenas de milhões de doses no exterior de suas vacinas de vírus inativado enquanto levantava dúvidas sobre a eficácia do imunizante da Pfizer/BioNTech, feita usando o processo de mRNA, que era considerado experimental.
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