Israel adotou estratégias para o enfrentamento da Covid-19. Além de acelerar a vacina, também implantou um rigoroso lockdown. Com isso os resultados tem sido positivos e neste sábado (24), o país não registrou mortes por coronavírus pela primeira vez em 10 meses.
A última vez que Israel não tinha óbitos causados pela doença foi em junho de 2020. E foi graças a um outro lockdown realizado. A pandemia no país provocou 6.346 mortes e teve um novo pico em janeiro de 2021. Por causa desta redução de casos e mortes, o governo israelense passou a flexibilizar as restrições.
Israel tem a maior taxa de vacinação do mundo. Na quinta-feira, o país atingiu a marca de 5 milhões de pessoas vacinadas com as duas doses, o correspondente a 52% dos 9 milhões de habitantes. Pra ter uma ideia, o Brasil, por exemplo, vacinou completamente 5% de seus 212 milhões de habitantes.
“Esta é uma grande conquista para o sistema de saúde e os cidadãos israelenses. Juntos, estamos erradicando o coronavírus”, escreveu no Twitter, o Ministro da Saúde, Yuli Edelstein. Na semana passada, Eyal Leshem, diretor do maior hospital de Israel, o Sheba Medical Center, disse que o país pode estar perto de alcançar a “imunidade do rebanho” ou “imunidade coletiva”. A imunidade do rebanho ocorre quando um número suficiente de uma população tem proteção contra uma infecção impedindo que ela se espalhe com força.
Recomendações para a proteção do coronavírus
Os especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que pelo menos 65% a 70% da população precisa de cobertura de vacinação antes que a imunidade de rebanho seja alcançada. Mas ainda assim há dúvidas se esse patamar seria suficiente para conter a doença.
Leshem disse que a imunidade coletiva é a “única explicação” para a queda contínua de casos em Israel, à medida que restrições à circulação de pessoas são suspensas. Israel começou sua campanha de vacinação em dezembro passado e, desde então, tem sido a nação líder mundial em número de doses aplicadas per capita.
“Há uma queda contínua, apesar de voltar à normalidade”, disse ele. “Isso nos diz que mesmo se uma pessoa estiver infectada, a maioria das pessoas que encontra andando por aí não será infectada por ela.”