Estados brasileiros recebem a vacina da Pfizer
Primeiras 500 mil doses foram divididas para as capitais
O Ministério da Saúde começou a distribuição das vacinas contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech para os estados brasileiros. Para isso haverão a divisão de aproximadamente 500 mil doses do imunizante para as capitais. A vacina deve ser aplicada em duas doses.
A pasta informa que a vacina será destinada para pessoas com comorbidades, gestantes, puérperas e pessoas com deficiência permanente. Entretanto, estados e municípios têm autonomia para seguir com estratégias locais.
Recomendações
O Ministério da Saúde informa que a recomendação é que a vacina da Pfizer deve ser em um intervalo de 12 semanas. A nota técnica é maior do que os estudos feitos no Reino Unido e a justificativa é por causa da escassez de doses.
Com base nesses dados o ‘Joint Committee on Vaccination and Immunisation’ (JCVI), entidade assessora em imunizações do Reino Unido, orientou que o intervalo entre a primeira e a segunda dose desta vacina fosse ampliado para até 12 semanas”, diz a nota.
“Esta recomendação considerou que a vacinação do maior número possível de pessoas com a primeira dose traria maiores benefícios do ponto de vista de saúde pública, considerando a necessidade de uma resposta rápida frente a pandemia de Covid-19”, continua o ministério.
Já a bula do fabricante diz que o imunizante deve ser aplicado em um “intervalo maior ou igual a 21 dias entre a primeira e a segunda dose”. Em janeiro, Pfizer e BioNTech disseram não haver evidências de que a primeira injeção continuou a funcionar por mais de três semanas. “Não há dados que demonstrem que a proteção após a primeira dose é mantida após 21 dias”, afirmaram.
Armazenamento das doses
As doses da Pfizer precisam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Ao chegarem às salas de vacinação, as doses devem ser mantidas a uma temperatura que varia entre 2°C e 8°C, e precisam ser aplicadas na população em um período de até cinco dias.
Por conta do curto espaço de tempo e das exigências de armazenamento, o Ministério da Saúde recomendou que as vacinas do primeiro lote fossem distribuídas entre as 27 capitais do país, “de forma a evitar prejuízos na vacinação e garantir o esquema vacinal de 12 semanas entre uma dose e outra”.
O primeiro lote com um milhão de doses da vacina da Pfizer/BioNTech comprado pelo Brasil chegou ao país na quinta-feira (29). Ao todo, o governo federal tem contrato para 100 milhões de doses.
A pasta recomendou que, se possível, a vacinação ocorra em unidades de saúde que possuam câmaras refrigeradas cadastradas na Anvisa.
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