Saiba qual será a nova politica de privacidade do WhatsApp
Mais dados com o Facebook podem ser compartilhados
A partir deste sábado (15) o WhatsApp, aplicativo de mensagens, terá uma nova política de privacidade. Entre as novidades está o compartilhamento de dados com o Facebook, que é o dono da plataforma. Mas a mudança foi anunciada ainda em janeiro. No entanto, a empresa adiou para que os usuários tivessem mais tempo para “entender a política”.
Quem não deu o aval para a nova política não terá a conta apagada e o aplicativo vai continuar funcionando normalmente por pelo menos 90 dias a partir de 15 de maio. Esse prazo foi combinado com autoridades brasileiras, que investigam se as mudanças estão em desacordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
No último dia 7 de maio, o WhatsApp afirmou que essas pessoas veriam com mais frequência um lembrete para dar o aceite. Com o passar das semanas, elas deixariam de ter algumas funcionalidades como o acesso à página de conversas.
Entenda o que muda
O compartilhamento de dados entre as duas plataformas acontece desde 2016. Mas o que muda agora é que dados gerados em interações com contas comerciais, como as de lojas que atendem pelo WhatsApp, poderão ser utilizados pelas empresas para direcionar anúncios no Facebook e no Instagram. Ambas pertencem à mesma companhia.
Além disso, parceiros do Facebook podem armazenar, gerenciar e processar dados do WhatsApp que sejam obtidos por meio dos chats com essas contas comerciais. Embora o app afirme que as novidades da política de privacidade estão centradas em interações com empresas, o novo texto indica a coleta de informações que não estavam presentes na versão anterior do documento.
O aceite dos termos é obrigatório no Brasil e na maior parte do mundo – somente na União Europeia e no Reino Unido os usuários têm uma opção para não compartilhar dados com o Facebook, por causa da lei de proteção de dados local, a GDPR.
O Brasil também tem uma legislação sobre o tema, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor desde setembro passado. Autoridades brasileiras indicaram que os novos termos do WhatsApp poderiam representar violações aos direitos dos usuários.
O app entrou em acordo com autoridades brasileiras e as pessoas que ainda não aceitaram a nova política poderão continuar usando o aplicativo sem restrições por pelo menos 90 dias, enquanto os órgãos investigam o caso.
Em nota, o WhatsApp disse que “está em contato com as autoridades competentes e continuará prestando as informações necessárias sobre a atualização”. Mas apesar da recomendação dos órgãos, as regras valem a partir deste sábado (15).
Alternativas
Milhões de pessoas baixaram aplicativos concorrentes, como o Telegram e o Signal, por não concordarem com a troca de informações entre WhatsApp e Facebook.
Pouco depois de a notificação sobre a mudança dos termos aparecer no WhatsApp, o Telegram registrou cerca de 25 milhões de novos usuários. O Signal também teve uma alta na época, registrando 17,8 milhões de downloads em um período de 7 dias.
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