Após mais de 240 mortes, Israel e Hamar cessam fogo
Foram 10 dias de conflitos intensos na Faixa de Gaza
Nesta sexta-feira (21) será iniciado um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. O Egito mediou o acordo após uma escala de mortes provocadas pelos intensos ataques ocorridos nos últimos 10 dias. Ao todo, 244 pessoas vieram a óbito, sendo que 232 morreram em Gaza e os outros 12 em Israel.
Este acordo vinha sendo tentado há dias, com pressão internacional principalmente sobre Israel. Mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu continuou afirmando que continuaria a ofensiva até devolver “calma e segurança” aos cidadãos israelenses.
Após várias conversas com Netanyahu, nesta quinta-feira o presidente dos EUA, Joe Biden, falou por telefone com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, segundo a Casa Branca. O Egito foi o interlocutor nas negociações por ter acesso ao Hamas.
A França havia divulgado uma resolução da ONU ampliando a pressão sobre os EUA para que o país exigisse um cessar-fogo. Uma declaração conjunta foi emitida com o Egito e a Jordânia que “exortava as partes a concordarem imediatamente com um cessar-fogo”.
Além disso, segundo a rede de TV Al Jazeera, o enviado da ONU para o Oriente Médio, Tor Wennesland, estava se reunindo com o chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, no Catar. Na quarta-feira, uma autoridade graduada do Hamas disse que esperava que Israel e os militantes de Gaza chegassem a um cessar-fogo “dentro de um ou dois dias”. “Acredito que os esforços contínuos em relação ao cessar-fogo terão sucesso”, afirmou Moussa Abu Marzouk, do Hamas, durante uma entrevista à TV al-Mayadeen, do Líbano.
Leia o comunicado de Israel:
“O Gabinete de Segurança se reuniu esta noite. O Gabinete de Segurança Política aceitou unanimemente a recomendação de todos os agentes de segurança, o chefe do estado-maior, o chefe do Shin Bet (agência de segurança interna), o chefe do Mossad (inteligência estrangeira) e o chefe do Conselho de Segurança Nacional, para aceitar a iniciativa egípcia de um cessar-fogo incondicional bilateral, que entrará em vigor em uma data posterior.
O chefe do Estado-Maior, o setor militar e o chefe do GSS revisaram perante os ministros as grandes conquistas de Israel na campanha, algumas das quais sem precedentes.
A ala política enfatiza que a realidade concreta determinará a continuação da campanha”.
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