Atletas brasileiros dão show nas Paralimpíadas de Tóquio e faturam cinco ouros
Na estreia do atletismo, Yeltsin Jacques leva a primeira medalha dourada

O brasileiro sextou com alegria, especialmente com as façanhas dos paratletas brasileiros nas Paralimpíadas de Tóquio. Foram cinco medalhas de ouro conquistadas e ainda teve direito a recorde paralímpico conquistado por Petrúcio Ferreira.

Nesta sexta-feira (27) foi dada a largada para as provas do atletismo. E nas pistas, Petrúcio confirmou o favoritismo ao levar o bicampeonato paralímpico na prova dos 100m classe T47, que é para corredores com deficiências nos membros superiores. Além disso, estabeleceu o recorde paralímpico ao fazer a marca de 10s53.
Mas além do ouro de Petrúcio, o Brasil também faturou mais uma medalha na prova. Washington Júnior, dono da melhor largada da prova, terminou com o bronze com o tempo de 10s68. A prata ficou com o polonês Michal Derus, com 10s61.
Ainda no atletismo, mas na prova dos 5.000m T11, prova para pessoas com deficiência visual, Yeltsin Jacques apresentou uma tremenda garra e talento na disputa. Ele liderou boa parte da prova, mas faltando 400 metros para acabar, foi surpreendido pela ultrapassagem feita pelo japonês Kenya Karasawa. Mas já dizia aquele ditado que brasileiro não desiste nunca e Yeltsin deu arrancada sensacional, retomou a liderança na última volta, já pertinho da linha de chegada. E atravessou-a em primeiro, ao lado do atleta-guia Carlos Antônio dos Santos, com o tempo de 15min13s62. Foi a prova que abriu as disputas do atletismo nas Paralimpíadas de Tóquio.
Mais medalhas de ouro
E mais brasileiros deram show nas Paralimpíadas com medalhas de ouro. Os feitos foram de Wallace Santos, no arremesso de peso, com direito a recorde mundial na classe F55, também de Silvânia Costa na prova do salto a distância T11 e para Wendell Belarmino, nos 50m livre na natação.

No arremesso de peso, Wallace precisou de seis tentativas para vencer a prova. E na última tentativa que ele, além de vencer a prova, ainda quebrou o recorde mundial da classe F55, para atletas cadeirantes. Ele atingiu a marca de 12,63m, 16 centímetros a mais do que o recorde anterior, pertencente a Ruzhdi Ruzhdi desde 2017. O búlgaro desta vez ficou com a prata (12,19m), e o polonês Lech Stoltman (12,23m) completou o pódio.
Já no salto em distância T11, para pessoas com deficiência visual, Silvânia Costa levou o bicampeonato paralímpico. Ela tinha sido campeã na Rio 2016 no sexto e último salto. Mas desta vez em Tóquio, a conquista veio na quinta tentativa. Ela cravou 5 metros de salto.
E na natação veio o segundo ouro do Brasil na modalidade. Wendell Belarmino, de 23 anos, ganhou nos 50m livre da classe S11, para atletas com deficiência visual) ao bater na frente com 26s03, à frente do chinês Dongdong Hua (26s18) e do lituano Edgaras Matakas (26s38). Detalhe, o nadador estreou em Jogos Paralímpicos e logo com um ouro.
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