Brasil garante medalhas de bronze em três modalidades das Paralimpíadas
Também mais uma prata foi garantida e ela veio da natação
O dia foi bem positivo para o Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio. Depois do terceiro ouro de Maria Carolina Santiago, mais medalhas foram conquistadas nesta quarta-feira (1º). Ao todo foram três bronzes e uma prata. Mas mais medalhas podem vir, já que no goalball e no vôlei sentado o país está nas semifinais.
A natação brasileira sem dúvida foi um grande destaque nesta edição dos Jogos Paralímpicos. Cecília Araújo entrou na piscina para a disputa da final dos 50m livre da classe S8, para atletas com deficiências físicas. E foi muito bem ao chegar em segundo lugar com o tempo de 30s83, pouco atrás da campeã paralímpica, a russa Viktoriia Ishchiulova (29s91). O bronze terminou nas mãos da italiana Xenia Palazzo.
Foi o primeiro pódio de Cecília em Tóquio. Ela ainda terá mais duas chances de brilhar na capital japonesa: nos 100m livre S9 e nos 100m borboleta S8.
Ainda na natação, mas nos 100m livre classe S6, para atletas com deficiências físicas, Talisson Glock parecia que iria decepcionar. Só que ele deu uma arrancada espetacular na reta final e na batida de mão chegou a levar a medalha de bronze com o tempo 1min05s45. Detalhe, um décimo a frente do chinês Jia Hongguang. Enquanto isso, o ouro foi para o italiano Antonio Fantin se impôs para levar o ouro com recorde mundial (1min03s71) e o colombiano Nelson Crispin Corzo veio logo atrás (1min04s82).
Brasil garante primeiras medalhas na bocha
A primeira medalha da bocha no Brasil em Tóquio é de uma figura já ambientada aos pódios paralímpicos. Campeão individual nas Paralimpíadas de Londres, em 2012, e prata na Rio 2016, Maciel Santos garantiu o terceiro lugar no individual da classe BC2, sem opção de auxílio de ajudantes.
O bronze veio depois da vitória por 4 a 3 sobre Worawut Saengampa, da Tailândia, e foi o primeiro dos dois conquistados pelo Brasil na noite desta terça-feira, manhã de quarta no Japão, que também teve José Carlos Chagas entre os destaques, na classe BC1, onde os competidores podem ter auxílio para estabilizar a cadeira de rodas e receber a bola.
Assim como Maciel, quem também coroou a campanha em Tóquio foi José Carlos Chagas, na classe BC1. Depois de perder nas semifinais e ter a invencibilidade quebrada, o brasileiro de 44 anos assegurou o terceiro lugar do pódio ao vencer o português André Ramos por 8 a 2. É a primeira medalha do Brasil na categoria.
Tênis de mesa
E no tênis de mesa por equipes na classe 9-10 entre as mulheres, mais um bronze garantido. As brasileiras tiveram trio formado por Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos na disputa, realizada nesta quarta-feira.
Na semifinal, o primeiro dos três confrontos foi no duelo de duplas. Bruna Alexandre, medalhista de prata na classe 10, competiu ao lado de Danielle Rauen, da classe 9. A Polônia teve duas atletas vencedores do bronze na mesa, Natalia Partyka e Karolina Pek, classe 10 e 9 respectivamente.
As polonesas saíram na frente ao vencer o primeiro set por 11 a 7, mas o Brasil logo reagiu e venceu o segundo por 14 a 12. A reação, no entanto, acabou ali com Partyka e Pek vencendo as duas parciais seguintes por 11 a 9 e 11 a 7, fechando a partida e colocando um a zero no placar da disputa por equipes femininas.
O segundo confronto foi individual entre Jennyfer Parinos e Natalia Partyka. A partida não poderia ter começado pior para a brasileira, que perdeu o primeiro set por 11 a 0. No segundo a situação não melhorou muito, com Partyka abrindo dois a zero com um 11 a 4. A polonesa fechou o jogo na terceira parcial com 11 a 2.
Com a derrota, o Brasil encerra sua participação no tênis de mesa paralímpico com três medalhas, prata de Bruna Alexandre na classe 10, bronze com Cátia Oliveira na classe 1-2 e agora bronze na disputa por equipes feminina classe 9-10. A Polônia encara a Austrália nesta sexta-feira na final.
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