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Relatório final da CPI da Covid é entregue com 1.180 páginas

Nele é feito o pedido de 65 pessoas para serem indiciadas. O presidente Bolsonaro está incluído na lista

Nesta quarta-feira (20), o relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) entregou e registrou o relatório final que contém 1.180 páginas. No texto, 68 indiciamentos, entre pessoas físicas e empresas. O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) está incluído no pedido.

Renan fará a leitura do documento na sessão da CPI, marcada para esta quarta-feira. O relator chegou à versão final depois de debates, desde o início da semana, com demais integrantes da cúpula da CPI. Antes do relatório final, foram apresentadas duas minutas.

Uma versão preliminar, que vazou no fim da semana passada, gerou divergência entre os integrantes do grupo. Uma reunião na noite desta terça (19) selou o acordo final.

No caso de Bolsonaro, o relator pede indiciamento por 10 crimes:
  • epidemia com resultado morte;
  • infração de medida sanitária preventiva;
  • charlatanismo;
  • incitação ao crime;
  • falsificação de documento particular;
  • emprego irregular de verbas públicas;
  • prevaricação;
  • crimes contra a humanidade;
  • violação de direito social;
  • incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo.

Os outros pedidos de indiciamento

Os três filhos de Bolsonaro, quatro ministros, dois ex-ministros e cinco deputados federais também foram pedidos para serem indiciados. De acordo com Renan Calheiros, também há o desejo para que empresários, médicos e blogueiros. O relator identificou, ao longo de 1.180 páginas, o cometimento de mais de 20 crimes.

Acompanhe a versão final do relatório da CPI da Covid

Veja a lista completa:

Ministros

  • Marcelo Queiroga (Saúde) : epidemia com resultado morte e prevaricação
  • Onyx Lorenzoni (Trabalho): incitação ao crime e crime contra a humanidade
  • Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União): prevaricação
  • Braga Netto (Defesa): epidemia com resultado morte

Ex-ministros

  • Eduardo Pazuello (Saúde): epidemia com resultado morte, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, comunicação falsa de crime e crime contra a humanidade
  • Ernesto Araújo (Relações Exteriores): epidemia com resultado morte e incitação ao crime

Filhos

  • Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PSL-SP): incitação ao crime
  • Carlos Bolsonaro, vereador (Republicanos-RJ): incitação ao crime
  • Flávio Bolsonaro, senador (Patriota-RJ): incitação ao crime

Deputados

  • Ricardo Barros (PP-PR): incitação ao crime, advocacia administrativa, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
  • Bia Kicis (PSL-DF): incitação ao crime
  • . Carla Zambelli (PSL-SP): incitação ao crime
  • . Osmar Terra (MDB-RS): incitação ao crime e epidemia culposa com resultado morte
  • . Carlos Jordy (PSL-RJ): incitação ao crime
Empresários
  • Carlos Wizard: epidemia com resultado morte e incitação ao crime
  • Luciano Hang: incitação ao crime
  • Otávio Fakhoury: incitação ao crime
  • Francisco Emerson Maximiano: falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude processual, fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
  • Marcos Tolentino: fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
  • Raimundo Nonato Brasil: corrupção ativa e improbidade administrativa
  • Fernando Parrillo: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença falsidade ideológica, crime contra a humanidade
  • Eduardo Parrillo: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença falsidade ideológica, crime contra a humanidade
Médicos e ligados à saúde

Nise Yamaguchi: epidemia com resultado morte

Paolo Zanotto: epidemia com resultado morte

Luciano Dias: epidemia com resultado morte

Mauro Luiz de Brito Ribeiro: epidemia com resultado morte

Pedro Benedito Batista Junior: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica, crime contra a humanidade

Daniella de Aguiar Moreira da Silva: homicídio simples

Paola Werneck: perigo para a vida ou saúde de outrem;

Carla Guerra: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade;

Rodrigo Esper: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade;

Fernando Oikawa: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade;

Daniel Garrido Baena: falsidade ideológica;

João Paulo F. Barros: falsidade ideológica;

Fernanda de Oliveira Igarashi: falsidade ideológica;

Flávio Cadegiani: crime contra a humanidade

Assessores e ex-assessores

Elcio Franco: epidemia com resultado morte e improbidade administrativa;

Mayra Pinheiro: epidemia com resultado morte, prevaricação e crime contra a humanidade;

Roberto Dias: corrupção passiva, formação de organização criminosa e improbidade administrativa;

Airton Soligo: usurpação de função pública;

Arthur Weintraub: epidemia com resultado morte

Roberto Goidanich: incitação ao crime;

José Ricardo Santana: formação de organização criminosa;

Fábio Wajngarten: prevaricação e advocacia administrativa

Marcelo Blanco: corrupção ativa

Filipe Martins: incitação ao crime

Tercio Arnaud Tomaz: incitação ao crime

Outros

Emanuela Medrades: falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude processual, formação de organização criminosa e improbidade administrativa

Túlio Silveira: falsidade ideológica, uso de documento falso, improbidade administrativa

Danilo Trento: fraude em contrato, formação de organização criminosa, improbidade administrativa

Andreia da Silva Lima: corrupção ativa e improbidade administrativa

Carlos Alberto Sá: corrupção ativa e improbidade administrativa

Teresa Cristina Reis de Sá: corrupção ativa e improbidade administrativa

Marconny Nunes Ribeiro: formação de organização criminosa

Allan dos Santos: incitação ao crime

Oswaldo Eustáquio: incitação ao crime

Richards Pozzer: incitação ao crime

Leandro Ruschel: incitação ao crime

Roberto Goidanich: incitação ao crime

Bernardo Kuster: incitação ao crime

Roberto Jefferson: incitação ao crime

Paulo Eneas: incitação ao crime

Cristiano Carvalho: corrupção ativa

Luiz Paulo Dominghetti: corrupção ativa

Rafael Francisco Carmo Alves: corrupção ativa

José Odilon Torres: corrupção ativa

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