
O ex-prefeito de Jundiaí, Miguel Haddad (PSDB), acaba de assumir uma cadeira na Câmara dos Deputados. O, agora deputado federal, entretanto, ficará no cargo por apenas quatro meses. Ele entra no lugar de Guilherme Mussi (PP-SP).
Nos bastidores do mundo político tucano, entende-se que isso foi uma manobra para garantir mais um voto de peso na indicação do governador João Dória (PSDB) para as eleições presidenciais de 2022, pelo partido. As prévias tucanas estão marcadas para o próximo domingo (21).
Ocorre que há um grupo, no PSDB, de 50 pessoas que possuem maior peso na votação das prévias, composto por deputados federais, senadores, governadores e vice-governadores, além de ex-presidentes nacionais do partido, bem com o atual presidente Bruno Araújo.
Para a campanha de Eduardo Leite, Haddad assumir uma vaga, às vésperas das prévias, é vista como uma manobra de Dória para conquistar mais um voto. Afinal, o agora deputado federal já demonstrou apoio ao governador paulista.
Por outro lado, a campanha de Dória questiona outro ponto a favor de Leite, neste caso, que envolve o ex-governador Geraldo Alckmin, que pela sua posição também tem mais peso na votação interna. Alckmin declarou apoio ao governador gaúcho. Porém, como está de saída do PSDB, alguns entendem que ele não poderia decidir pelo futuro do partido.
Caberá ao atual presidente tucano, Bruno Araújo decidir quem poderá votar nas prévias.
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