Saúde

Entenda sobre o procedimento ostomia que o ator Luciano Szafir passou

Embora pouco falado, 15 mil brasileiros são ostomizados

Enquanto se cuidava da Covid-19, ator precisou passar pelo procedimento. Créditos: Divulgação

O ator Luciano Szafir, 52 anos, é um dos milhares de brasileiros que sofrem com as consequências da Covid-19. Após 32 dias de internação, intubação e duas cirurgias para se recuperar da doença, o ator precisou utilizar uma bolsa coletora para a região do intestino, chamada bolsa de ostomia. A estimativa é que 120 mil brasileiros convivam com essa mesma condição de Szafir, a ostomia. No entanto, cerca de 15 mil passam pelo procedimento todos os anos. 

As causas são inúmeras, desde motivadas pelas consequências da Covid-19 até outras doenças como câncer de cólon, acidentes com perfurações abdominais, lesões no reto e doença de Crohn. A vida com a bolsa de ostomia pede alguns cuidados, como as etapas de troca e higiene da bolsa, assim como os cuidados emocionais envolvidos na etapa de adaptação à nova rotina. 

Ainda é um tabu falar sobre esse procedimento, que garante a comunicação entre órgãos internos e o meio externo no processo de expelir fezes, urina e secreções. No caso de Luciano Szafir, a condição é temporária, mas para muitos a ostomia é irreversível. Uma das grandes dificuldades de quem passa pelo procedimento é a limpeza da bolsa e o temor relacionado a odores em eventuais vazamentos, o que pode trazer ao ostomizado uma reação de reclusão social.

Relatos

A bancária Viviani Oliveira nasceu sem o intestino grosso, o reto e com o ânus imperfurado. Precisou usar fraldas até os 22 anos devido a uma incontinência urinária e depois, com a ostomia, passou a utilizar somente a bolsa coletora. Hoje ela faz um importante trabalho na internet para acolher, empoderar e ajudar outros ostomizados a conquistarem autonomia na rotina por meio do @ostomiasemtabuoficial. Recentemente esteve com Luciano Szafir nas redes sociais falando sobre o assunto em uma live. 

“Eu conheço bem essa jornada. Vivi algumas situações constrangedoras em função da bolsa de ostomia, tanto pelo odor quanto pelos incidentes de vazamentos. Cansei de me sujar e foi desesperador. No início, ainda criança, eu tive a ajuda da minha família. Mas precisei me tornar independente e aprender a fazer tudo sozinha”, conta Viviani, que hoje tem 35 anos. 

O dia a dia dos ostomizados

Embora o tema ainda seja pouco difundido e o mercado desenvolva poucos produtos pensados para os ostomizados, a brasileira Vuelo Pharma desenvolveu uma solução com tecnologia 100% nacional. De acordo com a empresa, ela está revolucionando a vida de quem convive com a bolsa coletora.

Batizado de Gelificador, o produto da Vuelo solidifica as fezes armazenadas na bolsa de ostomia, facilitando a limpeza e evitando vazamentos. Além disso, tem a essência de lavanda, o que evita o mau cheiro. O produto é fácil de usar, basta colocar as cápsulas no interior da bolsa coletora e substituir a cada troca.

“O Gelificador é como uma injeção de autoestima e de segurança. Ele facilita os cuidados com a bolsa e a essência de lavanda contribui muito para o nosso bem-estar. Todo ostomizado precisa conhecer esse produto incrível”, detalha Viviani, que há anos utiliza o produto. O Gelificador já está disponível no mercado com venda diretamente no site da Vuelo Pharma ou em marketplaces.

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