Saúde

Queiroga afirma que decisão da vacina em crianças só sai em janeiro

Anvisa liberou a aplicação do imunizante contra a Covid-19

Neste sábado (18), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se manifestou sobre a liberação da vacinação contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Segundo o titular da pasta, o governo federal só  divulgará uma posição oficial sobre a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos contra a Covid no próximo dia 5 de janeiro.

Queiroga explicou que haverá uma audiência pública, no dia 4 de janeiro no Ministério da Saúde. Ela servirá de base para a decisão final da pasta.

“Até o dia 5 de janeiro é um tempo absolutamente adequado para que as autoridades possam analisar a decisão da Anvisa em todas as suas nuances. Isso inclui à aplicação dessas vacinas”, afirmou Queiroga a jornalistas.

Na quinta (16), a Anvisa autorizou o uso do imunizante da Pfizer nas crianças dessa faixa etária. A vacina a ser aplicada terá uma formulação ligeiramente diferente da versão para adultos. Por isso, ainda não há doses disponíveis no Brasil para esse público-alvo.

Créditos: Reprodução/Anvisa.

Autorização da Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na última quinta-feira (16) a aplicação da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Mas o ministro Queiroga afirmou que a autorização da Anvisa para vacinação dessa faixa etária não é suficiente para iniciar a vacinação.

“Não é suficiente porque você olha todas as políticas públicas que estão aqui no Ministério da Saúde e verifica todas as autorizações que a Anvisa fez em relação a medicamentos, a dispositivos médicos. Basta só ver o que tem autorizado pela Anvisa e o que tá incorporado no SUS. São avaliações distintas”, afirmou ele.

Segundo Queiroga, é preciso “verificar a decisão da Anvisa na suas minúcias”. Só que o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, já tinha rebatido as afirmações de Queiroga sobre uma necessidade de “reanálise” do tema.

“Não trata-se apenas de uma decisão dos comitês técnicos da agência com seus mais de 20 anos de experiência. (…) As sociedades médicas (também) nos deram a segurança para promulgar a decisão que fizemos com base técnica. Nada de política, nada de outras influências”, declarou Barra Torres.

“E o que esperamos agora é uma análise o mais rápida possível (por parte do ministério). Eu tenho certeza que o senhor ministro de estado, ao contatar essas entidades, terá logicamente os mesmos pareceres que nós tivemos e hoje foram colocados em público”, prosseguiu.

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