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Tropas da Rússia se aproximam da capital ucraniana Kiev

No segundo dia de ataques, após a invasão, russos tentam tomar o governo ucraniano

No segundo dia de invasão à Ucrânia, as tropas russas estão muito próximas de invadirem a capital Kiev. O objetivo da Rússia é derrubar e tomar o poder do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Este movimento já é considerado a pior intervenção militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

As forças russas estão avançando rapidamente pelo país, com ataques por terra, água e ar. Para tentar conter, de alguma forma, o avanço russo, as emissoras de televisão da Ucrânia têm ensinado a população a preparar coquetéis molotov.

Após o primeiro dia de ataque, que se iniciou nesta quinta-feira (24), o ministro da Ucrânia, Vadym Denysenko, afirmou que as forças russas mataram civis. Estima-se que 130 pessoas já morreram, entre elas, duas crianças. “Os russos dizem que não estão atacando alvos civis, mas 33 locais civis foram atingidos nas últimas 24 horas”, disse o ministro, segundo a agência Interfax.

Por sua vez, o embaixador russo na Organização das Nações Unidas (ONU), em discurso, nesta sexta-feira (25), desmentiu essa informação. “Eu queria dizer em conclusão que não estamos sendo agressivos contra o povo ucraniano, mas contra a junta que está no poder em Kiev”, disse Vassily Nebenzia.

O conflito Rússia x Ucrânia

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia não vem de hoje. Desde 2014 as relações entre os dois países estão tensas. Naquele ano, o então presidente Víktor Fédorovych foi deposto após fortes protestos por todo o país. A população era contra a aproximação da Ucrânia com a Rússia.

Em seu lugar, entrou o atual presidente, Volodymyr Zelensky, mais próximo ao Ocidente, e com a promessa de que o país seria um novo membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Entretanto, após este fato, as relações diplomáticas entre os dois páises pioraram ainda mais. Sobretudo, nas regiões de Luhanks e Donetsk, que têm zonas controladas por separatistas e pelo governo ucraniano, e são apoiadas por Moscou.

De acordo com o Moscou, grupos paramilitares de conotação neonazista apoiam o atual presidente da Ucrânia, e portanto, a invasão ao país, também é uma tentativa de brecar este avanço.

Há quatro meses, Putin vinha pedindo à Kiev que reconhecesse as duas regiões separatistas, como países autônomos. Entretanto, o presidente ucraniano resiste a esta ideia e não quer reconhecer as autoridades destas duas regiões.

O clímax da tensão veio na segunda-feira (21), quando Moscou, definitivamente, reconheceu ambas as cidades como autônomas e aliadas, conhecidas como Donbass.

O início da invasão

O foi justamente por estas regiões, localizadas ao leste da Ucrânia que se iniciou a invasão por terra das forças russas à Ucrânia. Também houve ataques aéreos, e por água, por meio do Mar Negro, ao sul do país ucraniano.

Outro ponto terrestre utilizado pela Rússia para invadir a Ucrânia partiu de Belaraus, um outro país amigo de Moscou, e que faz fronteira com o país invadido.

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