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Governo Federal troca o comando da Petrobras e indica Adriano Pires para ser o novo presidente

Silva e Luna fica menos de um ano na estatal e ele foi o segundo a ser desligado pelo governo Bolsonaro

Nesta segunda-feira (28), o governo federal anunciou a troca na presidência da Petrobras. O general da reserva Joaquim Silva e Luna deixa o cargo e Adriano Pires foi indicado pelo Ministério de Minas e Energia para assumir o cargo. Adriano é fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

A mudança precisa ser confirmada pela assembleia-geral dos acionistas da estatal. A próxima reunião está marcada para 13 de abril.

Segundo o material divulgado pelo Ministério de Minas e Energia, se a decisão for confirmada pelos acionistas, Joaquim Silva e Luna deixará a cadeia de comando da petroleira: o nome dele não aparece na composição prevista para o conselho de administração da Petrobras.

No entanto, até a confirmação das decisões na assembleia, Silva e Luna segue no comando da Petrobras. Contudo, se decidir pedir para deixar o cargo nos próximos dias, ele pode sair.

Os acionistas também terão de dar aval ao nome do empresário Rodolfo Landim, atual presidente do Flamengo, para presidir o conselho de administração. Landim foi indicado para o posto no último dia 6, mas não assumiu a posição porque aguarda a aprovação da assembleia.

O presidente Jair Bolsonaro tem criticado a empresa por seguidos reajustes nos preços dos combustíveis. O presidente chegou a dizer que “se resolvesse”, daria “murro na mesa” para obrigar a estatal a reduzir os preços.

Conheça Adriano Pires

Com experiência de mais de 30 anos no setor de energia, Adriano Pires é doutor em Economia Industrial pela Universidade Paris XIII (1987), Mestre em Planejamento Energético pela COPPE/UFRJ (1983) e Economista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980).

Créditos: Reprodução/GloboNews

Trabalhou na Agência Nacional de Petróleo (ANP) onde atuou como Assessor do Diretor-Geral, Superintendente de Importação e Exportação de petróleo, seus derivados e gás natural e Superintendente de Abastecimento.

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, exerceu a função de professor, pesquisador e consultor junto a empresas e entidades internacionais.

Atualmente, é diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), fundado por ele mesmo. O CBIE é uma consultoria especializada em inteligência, regulação e assuntos estratégicos para o setor de energia.

Recentemente, Pires vinha atuando como consultor informal do Ministério de Minas e Energia (MME) na questão da alta do preço dos combustíveis. Ele defende a criação de uma política de subsídio que sairia do Tesouro direto e duraria de 3 a 6 meses para o diesel e o botijão de gás, devido aos efeitos da guerra entre Ucrânia e Rússia. A equipe econômica é contra subsídios envolvendo recursos do Tesouro.

Estruturalmente, Pires acredita que a solução para o preço dos combustíveis passa pela criação de um fundo de estabilização.

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