Virada Cultural de São Paulo é marcada por agressões, furtos e roubo
Um show precisou ser interrompido em razão das ocorrências
Era para ser uma madrugada de sábado (28) para domingo (29) alegre e com curtição dos shows da Virada Cultural de São Paulo. Mas houveram registros de arrastões, furtos, roubos e até de agressões no Vale do Anhangabaú, Região Central da Capital.
Parte do público criticou a atuação das forças de segurança e acusou policiais militares e guardas-civis metropolitanos de não agirem para impedir os crimes. Pelo contrário. Testemunhas alegaram que policiais agrediram uma estudante e ela ficou ensanguentada, sendo necessária passar por atendimento médico.
Outras pessoas também ficaram feridas após terem sido agredidas por grupos de 30 a 50 criminosos.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), seis pessoas, sendo três adolescentes, foram detidas pela PM por suspeita de participarem de arrastões a frequentadores da Virada Cultural na região central. Cinco celulares foram apreendidos e três deles acabaram devolvidos aos donos.
“Na noite deste sábado (28), seis pessoas, dentre elas três adolescentes, foram detidas pelos crimes de furto e roubo na região da República Nas ações, cinco celulares foram apreendidos, sendo três devolvidos aos proprietários, e um óculos foi recuperado. Os autores adultos foram autuados em flagrante e permaneceram detidos à disposição da Justiça, enquanto os menores de idade foram entregues aos seus responsáveis sob o compromisso de serem apresentados ao Ministério Público. As ocorrências foram registradas no 2º DP e encaminhadas ao 3º DP, área dos fatos”, informa trecho da nota da pasta da Segurança enviada à imprensa.
Show interrompido
A violência fez com que o show de Kevinho, programado para as 23h de sábado, fosse paralisado antes do fim. O funkeiro afirmou que pessoas estavam “se machucando” e que a decisão era uma orientação da prefeitura.
Durante o show dele, foi possível ver pessoas sendo levadas por bombeiros ao pronto-socorro, além de cenas de correria e de agressão. Em suas redes sociais, o cantor classificou a apresentação para o público no Anhangabaú como “incrível”, sem mencionar a confusão.
Estabelecimentos que vendiam comida e bebida no local também interromperam o serviço antes do previsto devido à insegurança. Funcionárias das lanchonetes relataram medo de ir embora da região e diziam que não teriam aceitado o trabalho se soubessem que a noite seria daquela forma — sentimento reverberado por outros profissionais que trabalhavam no evento.
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