Saúde

Cigarro eletrônico: um ‘lobo’ escondido em um aparelho

Saiba os males que ele pode trazer

Nos últimos anos, o consumo das pessoas fumantes com o cigarro eletrônico cresceu consideravelmente. Aparentemente ele seria uma boa alternativa para evitar o tabagismo pelo cigarro convencional. Mas assim como o cigarro tradicional, o eletrônico também oferece os mesmos perigos à saúde.

É o que alerta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que reforça a proibição das vendas do cigarro eletrônico. Só que o uso do acessório tem crescido principalmente entre os jovens, o que coloca em risco à saúde deste público.

Um levantamento feito no Brasil pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), diz que mais de 17 mil novos casos de câncer de boca são registrados todos os anos. O médico especialista em cabeça e pescoço da Santa Casa de Santos, Dr. Rogério Dedivitis, conta à Rede Noticiaz, que o uso dos cigarros tem incidência maior de câncer de boca.

“Como o câncer de boca é pouco percebido pelos pacientes, e mesmo na atenção primária à saúde, a maioria dos diagnósticos é feita em estágios avançados. A importância de evitar o uso da nicotina é essencial para a prevenção da doença. Acompanhamento com o médico especialista e exames preventivos todos os anos são de extrema importância para manter a saúde em dia entre pessoas que estão nos grupos de risco – sexo masculino, acima de 40 anos e fumantes”, revela.

Ele também explica que o cigarro eletrônico atrai principalmente os mais jovens, pois tem aspecto inofensivo, ser de uso bastante prático e ainda agregar aromas. Entretanto, estes dispositivos eletrônicos possuem nicotina e outras substâncias com potencial para a carcinogênese, que é a transformação maligna das células epiteliais. Adicionalmente, traz também outros malefícios comuns ao tabagismo, como enfisema pulmonar e outras doenças respiratórias.

Veja abaixo mais detalhes da entrevista:

1) Além do câncer na boca, que mais malefícios o cigarro eletrônico pode provocar no corpo?

Partículas de metal pesado e solventes presentes no cigarro eletrônico podem causar enfisema pulmonar e doenças cardiovasculares. O fato de não ter odor nem sabores dá a falsa impressão de que seu uso não traz problemas

2) Porque o consumo dele aumentou tanto nos últimos anos, especialmente pelos mais jovens?

O uso do cigarro tradicional tem diminuído ao longo do tempo, mas realmente o cigarro eletrônico tem sido mais consumido, especialmente entre os jovens dos 13 aos 17 anos. Alguns estudos citam que perto de 20% dos jovens já o provaram alguma vez na vida. As causas incluem: falsa impressão de que traz menos malefícios que o cigarro convencional, menor cheiro e sabores, a atração pela novidade o o próprio período de pandemia, que aumentou muitos hábitos por conta do isolamento social.

3) A justificativa inicial é que o cigarro eletrônico seria uma alternativa para não consumir o cigarro tradicional e ele não seria tão nocivo. Afinal, onde há veracidade ou falsa informação sobre esta alegação?

Ao contrário do cigarro tradicional, que queima por combustão, o eletrônico atua por vaporização. Realmente o eletrônico é menos tóxico, contudo, não é inofensivo, podendo causar câncer e doenças respiratórias, inclusive com relatos de óbito na literatura médica.

4) Quais substâncias que ele possui que prejudica a saúde da pessoa?

O valor produzido pelo cigarro eletrônico e inalado leva consigo nicotina e outras substâncias, além de poder ter a adição de aromatizantes.

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