Criança é perfurada por ferrão de 7 cm de peixe venenoso e é hospitalizada
Caso aconteceu em Ilha Comprida e menina foi hospitalizada e passa bem
Uma menina de 11 anos passou por um verdadeiro momento de perigo. Ela foi perfurada com um ferrão de 7 centímetros de um peixe bagre em Ilha Comprida,, Litoral Sul de São Paulo. O animal tem substância venenosa e se não tratado a tempo, pode matar.
Segundo informações dadas pela mãe da criança, ela estava nadando em um rio da cidade, quando encostou no peixe bagre, que estava morto. O ferrão inteiro cravou no pé dela e ela foi encaminhada para o Pronto Atendimento (PA) da cidade. Tanto a mãe, como a filha são do Interior de São Paulo e passavam as festas de fim de ano na cidade.
Segundo o biólogo Eric Comin, o veneno passado através do espinho do bagre pode causar inchaço, febre e até necrose. O Corpo de Bombeiros foi acionado e cortaram o ferrão bem próximo à cabeça do peixe. Depois disso, levaram a menina Alexandra Bolonha ao Pronto Atendimento. Um corte foi necessário para remover o ferrão. Ela foi medicada, passa bem e segue o tratamento em casa.
Riscos
Segundo o profissional, esta espécie é ‘extremamente’ comum em toda a costa brasileira e os acidentes acontecem com muita frequência.
De acordo com ele, os bagres possuem uma bolsa de veneno e, quando o animal espeta a vítima, a substância é ‘imediatamente inoculada’ [passa para o corpo]. Ele acrescentou que o veneno pode causar uma dor intensa na vítima.
“A dor pode durar horas, causar inchaço no local, febre e até necrose. O espinho é extremamente duro e mesmo se o animal estiver morto, o espinho vai entrar e causar problemas. Por isso, é necessário procurar atendimento médico com urgência”.
O biólogo ressaltou que é importante que o ferrão seja removido por um médico, pois, segundo ele, se não for retirado com cuidados especiais, o espinho pode quebrar, e o pedaço que permanecer dentro da vítima pode causar outras complicações, como inflamação e infecção.
“O grande problema desse esporão é que ele é totalmente serrilhado. Então ele entra com facilidade, mas na hora de sair, ele pode dilacerar a pele. Além da questão do veneno, tem também os microrganismos e as bactérias que ficam nesta região do peixe”, esclareceu.
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