Política

Ex-presidente Bolsonaro se manifesta sobre os atos antidemocráticos e pode deixar os EUA

Ele criticou o vandalismo realizado em Brasília. Políticos americanos exigem que ele seja extraditado

Após um tempo em silêncio, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfim se manifestou pela primeira vez ao público sobre as manifestações antidemocráticas que depredaram o Palácio do Planalto, em Brasília nesse domingo (8). Para ele, os atos “fogem à regra da democracia” e lamentou sobre o ato. No entanto, a vida dele nos Estados Unidos, onde está de férias, está com os dias contados.

Por meio das redes sociais, Bolsonaro escreveu sobre o caso., mas sem deixar de dar uma alfinetada nos governo do PT. “Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos, como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra”.

“Ao longo do meu mandato, sempre estive dentro das quatro linhas da Constituição, respeitando e defendendo as leis, a democracia, a transparência e a nossa sagrada liberdade”.

Bolsonaro virou alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por incitar a violência e as manifestações antidemocráticas. O ex-presidente respondeu. “Repudio as acusações em provas a mim atribuídas por parte do atual chefe do executivo do Brasil”.

Bolsonaro nos Estados Unidos

Desde os últimos dias de 2022, Jair Bolsonaro e a família estão em Flórida, nos Estados Unidos passando férias. No entanto, após o episódio de domingo (8), com as manifestações ocorridas em Brasília, que destruíram o Palácio da Alvorada, já estão sendo feitos os pedidos para que ele deixe o país.

Ao menos cinco congressistas americanos defenderam a extradição de Bolsonaro. Um processo de extradição é a entrega de uma pessoa investigada, processada ou condenada após um pedido formal para o país em que ela se encontra. Um pedido de extradição de um brasileiro no exterior pode ser feito pelo Ministério Público, que instaura o procedimento para ser analisado junto ao Poder Executivo e às autoridades estrangeiras.

Políticos americanos

Joaquin Castro, deputado democrata pelo Texas, disse que terroristas domésticos e fascistas não podem usar a cartilha de Trump para minar a democracia”. “Bolsonaro não deve se refugiar na Flórida, onde está se escondendo da responsabilidade por seus crimes”, afirmou.

Alexandria Ocasio-Cortez, deputada democrata por Nova York, disse que “os EUA devem parar de conceder refúgio a Bolsonaro na Flórida”.

“Quase dois anos depois que o Capitólio dos EUA foi atacado por fascistas, vemos movimentos fascistas no exterior tentando fazer o mesmo no Brasil. Devemos ser solidários com o governo democraticamente eleito de Lula”, escreveu.

Anna Eskamani, deputada democrata pela Flórida, questionou o governador de seu estado. “Ron de Santis, por que você está dando refúgio para Jair Bolsonaro na Flórida? É porque você apoia os regimes fascistas de extrema direita que invadem capitólios?”

Mark Takano, deputado democrata pela Califórnia, disse que os EUA e as pessoas democráticas em todo os lugares devem apoiar os resultados da eleição brasileira.

“A violência antidemocrática no Brasil hoje é um lembrete preocupante dos perigosos movimentos fascistas que crescem em todo o mundo. Jair Bolsonaro não deveria ter permissão para se refugiar nos EUA”, afirmou.

Ilhan Omar, deputada por Minnesota, prestou solidariedade a Lula e aos brasileiros. “As democracias de todo o mundo devem permanecer unidas para condenar este ataque à democracia. Bolsonaro não deveria se refugiar na Flórida”, disse.

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