
Está previsto para acontecer no dia 2 de fevereiro às 10h, o julgamento do homem acusado de matar a esposa e tentar forjar um acidente doméstico, em Jundiaí. Será um júri popular e o réu responde pela morte de Juliana Ferraz do Nascimento, de 23 anos. Ela foi achada morta no banheiro da casa dela, em dezembro de 2020.
O acusado identificado como Rogério Botelho foi preso enquanto assinava os documentos de óbito, no velório da vítima. Segundo a Polícia Civil, ele foi indiciado por assassinar Juliana e tentar forjar uma queda acidental.
Conforme laudo do Instituto Médico Legal (IML), a vítima morreu por estrangulamento e tentou se defender do crime.
O Ministério Público denunciou Rogério em janeiro de 2021, por asfixia, feminicídio e fraude processual. No documento, o MP afirmou que o réu “inovou artificiosamente o estado de lugar da vítima, forjando seu suicídio, com o fim de induzir a erro o juiz e o perito e de produzir efeito em processo penal.”
Relembre o crime
De acordo com a Polícia Civil, o marido de Juliana disse à polícia que a vítima havia sido encontrada no banheiro da casa deles já morta. Ele contou que acordou por volta das 4h30 e viu que saía água por baixo da porta e pela escada.
Ao tentar abrir, percebeu que a porta estava trancada e que Juliana não respondia. Então, o homem disse que ligou para o irmão da jovem, que foi até a casa e o ajudou a arrombar a porta.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte da jovem ainda no local. O corpo de Juliana foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e, durante a autópsia, foram identificadas diversas lesões e também sinais de estrangulamento.
Como o resultado do exame não era compatível com a versão apresentada pelo homem, a polícia o prendeu em flagrante no velório da vítima.
“O pegamos quando ele organizava a declaração para a liberação do corpo. Parece que sabia que ia ser preso, não falou nada, não disse que era inocente e, naquele momento, no fundo, sabia da prisão. Não derrubou uma lágrima. Estava frio”, conta a delegada Renata Ono.