Brasil conquista o Sul-Americano Sub-17 de maneira invicta
Em 19 edições do torneio, foram 13 conquistas dos brasileiros
Quando se fala em Sul-Americano Sub-17, não tem jeito, o Brasil é soberano. Neste domingo (23), a Seleção Brasileira faturou mais uma taça da competição. Em 19 edições do torneio, foram 13 títulos dos brasileiros. Mas a desta edição foi especial por ter sido de maneira invicta e ainda em cima da Argentina.
Além deste feito, o time do técnico Phelipe Leal quase unificou todas as marcas da competição no Equador. Além de campeão, terminou como o único invicto, dono do melhor ataque, com dois dos artilheiros e o maior garçom. Atropelo consolidado com a boa vitória por 3 a 2 sobre a Argentina, e o empate entre Equador e Venezuela que a delegação acompanhou angustiada da arquibancada para confirmar o troféu.
O Brasil abriu a última rodada com um gol de desvantagem no saldo em relação aos equatorianos e precisava vencer o clássico com a Argentina para jogar a responsabilidade para os concorrentes. No fim, terminou a campanha com sete vitórias e dois empates, com 24 gols anotados, sendo que Kauã Elias e Rayan fizeram 5 gols e Dudu foi o líder de assistências, com seis.
O jogo
Sem Kauã Elias, com uma lesão na coxa, Phelipe Leal optou por deslocar Rayan da ponta para o comando de ataque, contra a Argentina. A formação deu mobilidade ao time que por várias vezes ficava em situação de mano a mano contra os argentinos.
O Brasil acelerou o ritmo e impôs volume de jogo, principalmente com ações pela esquerda com Riquelme e Souza. E o atacante do Palmeiras foi o protagonista do primeiro tempo ao marcar um golaço para abrir o placar e tabelar com Dudu, que fez o segundo. Vantagem construída de maneira até tranquila para uma Seleção que encontrava espaços para construir um resultado que deixasse o Equador em situação de pressão.
O gol de Ruberto ainda no primeiro tempo, após indecisão da zaga em cobrança de escanteio, no entanto, colocou no jogo uma Argentina que não tinha nada a perder. Com a rivalidade aguçada desde o vice no Torneio de Montaigu, na França, no ano passado, os argentinos se mandaram para o ataque na tentativa de atrapalhar a vida do Brasil, e assim foi o segundo tempo.
Na volta do intervalo, a Argentina subiu a marcação, forçou muitos erros na saída de bola do Brasil, e obrigou Phillipe Gabriel a fazer uma série de grandes defesas. Em uma delas, o rebote caiu nos pés de Echeverry para fazer o 2 a 2 e empatar com Kauã Elias e Rayan na artilheira da competição, com cinco gols. A partir daí, o jogo ficou totalmente aberto.
A resposta com Da Mata, zagueiro que marcou seu terceiro gol no Sul-Americano, cinco minutos após o empate deixou o Brasil em vantagem, mas não mudou o roteiro de um jogo onde as duas equipes se lançaram em busca de gols. A Argentina para que o rival não fosse campeão, e a Seleção para complicar a vida do Equador no jogo de encerramento da competição.
Na base do toma lá, dá cá, o goleiro Phillipe Gabriel e a defesa brasileira, com destaque para Vitor Reis, seguraram a vitória, mas os atacantes não conseguiram tornar o placar mais elástico. Riquelme, Ricardo e Rayan tiveram chances claras desperdiçadas até o apito final no 3 a 2.
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