Doenças inflamatórias intestinais vêm aumentando no país, alerta ABCD
Cerca de 10 milhões de pessoas são afetadas em todo o mundo
O Dia Mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) é lembrado em 19 de maio. Para marcar a data, a Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn prepara uma série de ações para conscientizar a população sobre os cuidados para conter a enfermidade. Cerca de 10 milhões de pessoas ao redor do mundo são afetadas pela doença e a incidência vem aumentando também no Brasil.
Entre as ações programadas pela ABCD para o Maio Roxo está a live Doenças Inflamatórias Intestinais – Qual o melhor tratamento para mim, Dra? a ser transmitida no próximo dia 15, às 20h, no perfil da entidade.
No dia 21, haverá a tradicional caminhada do Maio Roxo em prol da conscientização das pessoas, com concentraçãobmarcada para as 9h, na Praça Oswaldo Cruz, na Avenida Paulista, próxima à Casa das Rosas.
No dia 22, às 20h, será transmitida uma live especial sobre a importância do Maio Roxo e das evidências científicas nas doenças intestinais. A programação visa mostrar os males causados e aumentar a visibilidade para a doença.
Incidência
Em entrevista à Agência Brasil, nesta quinta-feira (11), a vice-presidente da ABCD, Andrea Vieira, alertou que as doenças intestinais têm apresentado aumento da incidência no Brasil como um todo, mas em especial nas regiões Sul e Sudeste. “Isso é mais notado nessas regiões do que nas outras, provavelmente porque somos expostos muito mais, pela nossa vida 100% urbana, aos fatores que colaboram com a doença”.
A causa do distúrbio é multifatorial. Abrange desde fatores genéticos até o sistema imunológico extremamente amplificado, microbiota (conjunto de bactérias, vírus e fungos que fazem parte do corpo humano) alterada, além de fatores externos, ou ambientais, como conservantes químicos, poluição, estresse, alimentos transgênicos, tabagismo. ”Fatores a que nós somos expostos no nosso dia a dia e que trazem um agravamento, na medida em que o país se desenvolve e se industrializa”, diz a especialista.
Andrea Vieira afirmou que a doença era mais prevalente e tinha incidência maior há 20 ou 30 anos em países mais ricos, como Estados Unidos, Canadá, países nórdicos da Europa. “Hoje, ela acomete pessoas no mundo inteiro. Com certeza, fatores ambientais estão fazendo parte da fisiopatogenia dessa doença”.
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