Saúde
VÍDEO – Bócio Multinodular’ e o risco para câncer de tireoide
Estudo foi feito em 712 pacientes e artigo foi publicado em revista médica

Dr. Rogério Dedivitis, cirurgião especialista em cabeça e pescoço, é orientador do artigo “Fatores de risco para malignidade em pacientes com Bócio Multinodular”. O projeto foi a iniciação científica do aluno de medicina bolsista da Unimes (Universidade Metropolitana de Santos), Guilherme Arruda Fernandes. O artigo foi publicado em renomada revista médica indexada e foi feito com base em estudo de caso de 712 pacientes com bócio multinodular, que é o termo médico utilizado para referenciar a presença de mais de um nódulo (caroço) na glândula tireoide. No contexto da presença de nódulos múltiplos, foram avaliados fatores de risco para o câncer de tireoide.
Segundo Dr. Rogério Dedivitis: “O bócio multinodular trata-se da formação de vários nódulos. Com o passar do tempo e aumento destes nódulos, alguns pacientes manifestam sintomas compressivos, que podem ocorrer em doenças benignas e malignas de tireoide”.
O artigo menciona que os nódulos da tireoide afetam 8% da população adulta e são mais frequentes em mulheres. O estudo abordou os pacientes com bócio multinodular que foram submetidos à tireoidectomia, que é o procedimento cirúrgico de remoção da glândula tireoide. De acordo com o Dr. Rogério Dedivitis, “Nos últimos 30 anos, houve um aumento da detecção do câncer da tireoide. A taxa de incidência da doença aumentou mais do que qualquer outro câncer devido à realização frequente de ultrassonografia da região. Assim, é importante reconhecer fatores de risco no contexto de tireoide nodular. No estudo, a ocorrência geral de câncer foi alta, de 57,3%, em comparação a outros estudos semelhantes”.
Conclusão: O estudo chegou à conclusão que dos 712 pacientes analisados, 623 (87,5%) eram do sexo feminino.
A maioria 329 (46,2%) apresentava dois nódulos na ultrassonografia. A maioria – 275 (38,6%) pacientes teve resultado de Bethesda III no exame citopatológico da punção aspirativa por agulha fina (categoria chamada de indeterminada, com probabilidade de 5 a 15% de malignidade). No exame histopatológico, um total de 408 casos (57,3%) revelaram carcinoma papilífero de tireoide – os demais eram benignos. Os fatores relacionados ao diagnóstico de câncer de tireoide, foram pacientes com faixa etária mais avançada, histórico clínico mais curto, menor número de nódulos e menor tamanho do nódulo.
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