Automedicação pode complicar a saúde, se não for usada corretamente
A saúde é a mais afetada com o uso indevido
Somente nesta semana, cinco casos foram registrados envolvendo o uso inadequado de medicamentos sem avaliação e acompanhamento médico. A automedicação é um problema crescente em todo o mundo, especialmente quando se trata de medicamentos para emagrecer, para se concentrar ou para dormir melhor.
Infelizmente, essa prática pode trazer consequências graves para a saúde, afetando não só o bem-estar geral, mas também a saúde bucal e o hálito.
De acordo com a cirurgiã-dentista e especialista em saúde bucal, Dra. Bruna Conde, o uso indiscriminado de medicamentos pode causar diversos efeitos colaterais, como secura bucal, saburra lingual e mau hálito forte, que podem afetar o convívio social e a autoestima. É importante ressaltar que esses sintomas são apenas a ponta do iceberg, já que o uso indevido de medicamentos pode levar a problemas mais graves, como intoxicação, dependência química e até mesmo morte.
Por isso, é fundamental que as pessoas busquem ajuda médica antes de iniciar qualquer tratamento com medicamentos, especialmente aqueles que prometem resultados rápidos e milagrosos. O acompanhamento médico é essencial para avaliar a real necessidade do uso de medicamentos, prescrever a dosagem correta e monitorar os efeitos colaterais.
Nesse contexto, o papel do dentista também é fundamental. Muitos pacientes não associam a saúde bucal com o uso de medicamentos, mas é importante lembrar que a ingestão de substâncias químicas pode afetar a cavidade oral, causando secura bucal, saburra lingual e mau hálito forte.
A razão pela qual os medicamentos causam boca seca é que eles podem interferir na produção de saliva no organismo. A saliva é um líquido secreto pelas glândulas salivares, que ajuda a umedecer e lubrificar a boca, facilitando a fala, a mastigação e a deglutição. Além disso, a saliva contém enzimas que ajudam a neutralizar os ácidos produzidos pelas bactérias na boca, prevenindo a cárie dentária e outras doenças.
Para a Dra. Bruna Conde é fundamental que o paciente se sinta à vontade para contar todos os detalhes na consulta com o dentista e que este tenha tempo para conversar com o paciente e olhar além da boca, para entender o histórico de cada paciente e tratá-lo de forma multidisciplinar, considerando todos os aspectos que podem afetar a saúde bucal.
“A saúde bucal é parte integrante da saúde geral do paciente. Por isso, é importante que o dentista esteja atento não apenas aos sintomas bucais, mas também a outros aspectos, como o uso de medicamentos. Eu colho o histórico de cada paciente de forma individual, me atualizo nas tendências do mercado e trabalho de forma multidisciplinar para ajudar meu paciente por completo.”
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