Uma bomba estourou em Itatiba com a deflagração da Operação Muditia pelo Ministério Público nesta terça-feira (16). A investigação teria revelado que ex-secretário de Administração, Eduardo Sesti Junior, recebia propina mensalmente de uma empresa que prestava serviços a prefeitura.
Segundo o Ministério Público, a quadrilha, associada à facção, operava por meio de várias empresas, forjando concorrências para vencer licitações em prefeituras e câmaras municipais. O foco era a contratação de mão de obra terceirizada, especialmente para serviços de limpeza e segurança patrimonial.
As buscas realizadas na prefeitura e nos endereços vinculados ao ex-secretário visavam encontrar evidências do esquema. No entanto, Sesti Junior não foi encontrado para comentar o caso.
A prefeitura confirmou a visita das equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e afirmou estar colaborando com as investigações. Ainda não foram divulgadas as empresas envolvidas no esquema em Itatiba.
A investigação revelou que Junior Sesti recebia propina mensalmente de uma empresa que prestava serviços à prefeitura, com aditamentos realizados pelo prefeito Thomaz Capelletto. Após a exoneração de Sesti, o prefeito nomeou sua esposa, Raísa de Oliveira Sesti, para um cargo de confiança na prefeitura, levantando questionamentos sobre a continuidade do esquema.
Além de Itatiba, a operação abrangeu diversas cidades do estado de São Paulo, resultando na prisão de três vereadores e mais 11 pessoas, com movimentação financeira estimada em R$200 milhões em contratos fraudulentos.
A Operação Muditia é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) em conjunto com o Ministério Público e a Polícia Militar.
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