Economia

Preço das carnes registra a maior alta desde 2020, aponta levantamento

Para o economista e especialista em gestão de supermercados, Leandro Rosadas, o aumento da proteína pode estar ligado a questões climáticas

O levantamento divulgado nesta terça-feira (8), feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que as carnes ficaram, em média, 2,97% mais caras em setembro. Essa sendo a maior alta registrada do alimento desde dezembro de 2020, quando estes itens subiram 3,58% em apenas um mês.

Entre os cortes mais afetados pelo aumento do valor, estão o contra-filé, que teve uma alta de 3,79% de agosto para setembro, em seguida do patinho e da costela, assim como da carne de porco, que também apresentam altas de 3%. De acordo com o economista e especialista em gestão de supermercados Leandro Rosadas, o movimento deve impactar na escolha das compras feitas por brasileiros.

“Esse aumento está ligado a arroba do Boi Gordo. Em janeiro deste ano, o seu valor estava em R$ 249,65, em agosto seu valor teve uma queda, com a média de R$ 238,33. Porém, em setembro, a negociação em torno da proteína era de R$ 268, ou seja, tendo um aumento de 12% somente em um mês. Isso acontece pela entressafra, a época em que os produtores precisam alimentar o gado com ração, já que as pastagens ficam secas. Esse período foi intensificado pela precária condição climática que vem sendo registrada no país nesses últimos meses”, explica Leandro.

Ainda segundo o especialista no setor supermercadista, o valor elevado poderá mudar os hábitos de consumo entre brasileiros, que vão começar a buscar por proteínas que sejam mais acessíveis, como a carne de frango e mesmo a de porco, que mesmo com a alta, segue mais acessível que a bovina. Porém, ao longo de algumas semanas, os preços desses itens também devem subir por conta do aumento da demanda.

“O movimento, apesar de manter o consumo de proteína estável por parte do público nas primeiras semanas, pode resultar em uma queda nas vendas para os produtores e varejistas. Isso pode acontecer, principalmente, caso o valor de outras carnes comece a subir em larga escala. Vale ressaltar que a alta dos preços pode incentivar a importação de carne de outros países, o que pode desestabilizar o mercado nacional e prejudicar os produtores nacionais”, Leandro enfatiza.

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