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Motoristas de ônibus de Jundiaí anunciam greve

Proposta de reajuste salarial de 6% foi rejeitada pela categoria; Transurb acionará a Justiça para tentar evitar a paralisação

Os motoristas de ônibus de Jundiaí decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (23), após rejeitarem uma proposta de reajuste salarial de 6% apresentada pela empresa Transurb. A decisão foi tomada em assembleias realizadas nesta terça-feira (17), organizadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Jundiaí.

A pauta inicial da categoria era de 13,5% de aumento salarial, mas a proposta da Transurb incluiu um reajuste de 6% nos salários, 19% no PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e 15% nos benefícios, totalizando um aumento acumulado de 11%. Mesmo assim, os trabalhadores rejeitaram a oferta, optando pela paralisação.

De acordo com o Sindicato, a greve está marcada para começar à zero hora de segunda-feira (23), e o aviso formal à Prefeitura e à empresa deverá ser entregue até esta quarta-feira (18), como determina a legislação.

A Transurb, responsável pelo transporte coletivo na cidade, divulgou nota informando que ainda não foi notificada oficialmente sobre a greve, mas que já acionou a Justiça para evitar a interrupção do serviço. A empresa afirmou que considera o reajuste proposto superior ao índice inflacionário do período e destacou sua disposição em continuar negociando.

Nota oficial da Transurb:

Informamos que até o presente momento a empresa não foi notificada formalmente de qualquer movimento de paralisação do transporte na cidade de Jundiaí, sendo que, apenas, houve notícia de que a contraproposta de aumento salarial enviada à categoria foi rejeitada em segunda assembleia, realizada na data de hoje (17).

A pauta inicial apresentada pelos trabalhadores era de 13,5% de aumento salarial. A empresa ofereceu, em sua segunda proposta, apresentada na data de hoje (17), aumento de 19% no PLR, 15% nos benefícios e 6% sobre os salários, que combinados oferecem ao final 11% de reajuste à categoria.

Tal qual se deu na primeira assembleia, sem qualquer justificativa, os trabalhadores optaram por não fazer nenhuma contraproposta à empresa. Como este desfecho não atende os princípios básicos das negociações coletivas, acrescido do fato de que o reajuste proposto pela empresa suplanta em muito qualquer índice inflacionário do período, tratando-se do maior de 2024 oferecido a todas as categorias dentro de Jundiaí, a empresa se manterá disposta a negociar, dentro dos limites legais e critérios econômico-financeiros aplicáveis.

A empresa adotará desde já as medidas judiciais necessárias para evitar a paralisação dos serviços e o consequente prejuízo aos usuários, bem como, para que, outros interesses, estranhos à negociação coletiva propriamente dita, interfiram nas tratativas, que deve buscar, tão somente, a melhoria salarial dos trabalhadores. 

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