Santos

Governo de São Paulo critica praias estarem cheias

Prefeito de Santos questiona decisão e pede medidas rígidas

Depois do anúncio de que nos finais de semana, onde haverão as festas de Natal e Ano Novo, o Estado de São Paulo estará na fase vermelha, uma série de críticas sobre as aglomerações foram abordadas. Uma delas envolveu o fato das praias do Litoral Paulista estarem cheias praticamente em todos os finais de semana.

Mesmo em plena pandemia do coronavírus, é comum ver cenas de aglomerações e muita gente não usando máscaras, sendo que ela é obrigatória. Além disso, bares, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais também parecem que estão ultrapassando a capacidade permitida de ocupação.

O secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn falou sobre estas situações e a ilusão que as pessoas tem sobre os passeios na orla do mar. “As pessoas entendem que as praias não têm problema, que estão ao ar livre, mas se aglomeram nos guarda-sóis, bebem, riem sem máscara. Isso é um cenário de transmissão do vírus”, apontou.

O coordenador executivo do Centro de Contingência Covid-19, João Gabbardo, também criticou as aglomerações das praias do litoral paulista. Segundo ele, as pessoas deveriam praticar as atividades físicas, como caminhada, e em seguida voltar para casa.

“Não é lógico, neste momento, levar famílias e mais famílias com guarda-sol, com cadeiras e fazer um piquenique na praia. Correr esse risco para quê?”, disse. Ainda segundo Gabbardo, as aglomerações podem, em janeiro, “trazer consequências bastante danosas para a nossa saúde”.

O que pode e o que não pode funcionar?

Vale lembrar que a fase vermelha ocorrerá entre os dias 25 e 27 de dezembro e também entre os dias 1 e 3 de janeiro de 2021. Somente serviços essenciais como farmácias, mercados, padarias, postos de combustíveis, lavanderias e serviços de hotelaria estão liberados.

Já os shoppings, lojas, concessionárias, escritórios, bares, restaurantes, academias, salões de beleza e estabelecimentos de eventos culturais estão proibidos de funcionar nestes seis dias de fase vermelha do Plano São Paulo.

Resposta

A reação na Baixada Santista sobre as medidas adotadas pelo Governo do Estado foram imediatas. O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa questionou a falta de auxílio do governo estadual para ajudar os municípios a endurecerem regras contra as aglomerações, especialmente no Réveillon, quando as cidades costumam receber um grande público.

“Entendemos que a Baixada Santista precisa de medidas diferenciadas, especialmente para o Réveillon. Na medida em que o Plano São Paulo estabelece regras para o período até o dia 28, depois apenas após o dia 1º, relaxa medidas no Réveillon, que é o período mais crítico para a nossa região. Precisamos intensificar barreiras sanitárias, fechar as orlas e, para isso, precisamos da participação da Polícia Militar”, diz o prefeito.

Uma reunião por vídeoconferência será feita nesta quarta-feira (23) com todos os atuais prefeitos, mas também com os chefes do Poder Executivo que foram reeleitos nas Eleições Municipais, para abordarem medidas futuras contra a pandemia do coronavírus.

“Vamos tomar decisões conjuntas, para que o estado possa aperfeiçoar essas medidas e criar uma operação própria, adaptar essas medidas para realidade da Baixada Santista. Da forma como foi proposto, fica inviável cumprir essas medidas aqui na região”, destaca o prefeito de Santos.

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