Novas medidas contra o coronavírus voltaram a ser realizadas em alguns países da Europa. O lockdown já foi determinado a acontecer na Alemanha e na França de maneira parcial. Isso se deve à volta dos altos números de casos de COVID-19 que vem ocorrendo nas últimas semanas.
Bares e restaurantes devem ser fechados imediatamente. Mas as escolas podem estar funcionando normalmente, desde que uma série de medidas de segurança sejam realizadas.
Alemanha
Na Alemanha, o comércio até que pode funcionar, mas além de adotar as regras de proteção, fica a sugestão para que todos fiquem em casa.
Comércios e escolas abrirão, mas as autoridades reforçaram as recomendações para que as pessoas permaneçam em casa. Além disso, os encontros sociais ficam limitados a até 10 pessoas de famílias diferentes.
Em reunião com autoridades locais, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que os números da Covid-19 aumentaram rápido demais no país e que o nível dos contágios fugiu de controle. “Estamos agora em um ponto em que, pela média nacional, não sabemos mais de onde vieram 75% das infecções. Só conseguimos verificar 25%”, explicou Merkel.
A decisão foi tomada depois que autoridades de saúde alemãs registraram quase 15 mil novos casos em 24 horas — o maior número de diagnósticos diários no país desde o início da pandemia. São mais de 449 mil casos de Covid-19 desde o começo da crise sanitária na Alemanha.
França
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou a retomada de medidas como o fechamento de bares, restaurantes e comércios e a volta da exigência de que as pessoas que circulem nas ruas apresentem justificativas. As escolas até o ensino médio permanecem abertas, mas deverão seguir protocolos que ainda não foram divulgados.
Além disso, o governo determinou que o país foque totalmente em obras públicas e na produção industrial para evitar um tombo ainda maior na economia. As autoridades, no entanto, pedem que as empresas favoreçam o trabalho de dentro de casa.
De acordo com as autoridades de saúde francesas, entre 40 mil e 50 mil novas infecções têm sido identificadas todos os dias.
Reino Unido
O Reino Unido resistia nesta quinta-feira (29) à pressão para impor um segundo lockdown nacional depois que França e Alemanha adotaram restrições abrangentes à vida social para conter uma disparada de infecções por coronavírus que colocou os serviços de saúde no limite.
O governo do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, evitou até o momento um lockdown de âmbito nacional, preferindo um sistema escalonado de controles locais concebidos para endurecer as medidas em regiões afetadas e deixando outras menos limitadas.
Um novo estudo do Imperial College de Londres sublinhou a situação aflitiva enfrentada pelo Reino Unido, país com o maior número de mortes de coronavírus na Europa, mostrando que os casos da Inglaterra dobram a cada nove dias.
Steven Riley, o autor do estudo, disse que o governo deveria decidir rapidamente se quiser seguir o exemplo de França e Alemanha.
“E cedo é melhor do que tarde”, disse Riley, professor de dinâmica de doenças infecciosas, à rede BBC. Mas o ministro da Habitação, Robert Jenrick, disse que não acha inevitável o Reino Unido copiar França e Alemanha e impor restrições nacionais.
“O julgamento do governo hoje é que um lockdown nacional generalizado não é adequado, faria mais mal do que bem”, disse ele à Rádio Times.
Créditos Agência Brasil
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