Saúde

Vacina da Johnson contra COVID-19 é segura

Resultados das fases 1 e 2 mostraram resposta imune

Nesta terça (29) saíram os primeiros resultados dos testes elaborados pela Johnson & Johnson, para a vacina contra o coronavírus. Elas se mostraram seguras e deram resposta imune. As fases 1 e 2 foram feitas de forma conjunta.

Como os resultados se mostraram positivos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou que os testes da vacinação cheguem na fase 3 e assim cerca de 7 mil voluntários possam passar por testes da imunização no Brasil. Em todo mundo serão 60 mil pessoas recrutadas para serem testadas.

Os testes

  • Ao todo, os testes foram feitos com 796 participantes, divididos em 3 grupos (que não tinham, necessariamente, a mesma quantidade de voluntários cada um).
  • Dos 3 grupos, 2 tinham voluntários com idades de 18 a 55 anos. O terceiro grupo tinha voluntários com 65 anos de idade ou mais (394 pessoas).
  • Os testes foram realizados entre 22 de julho e 24 de agosto (em períodos diferentes para cada um dos três grupos).
  • Nos 3 grupos, houve participantes que receberam uma dose maior ou menor da vacina.
  • Em cada um dos 3 grupos, havia um subgrupo de participantes que deveria receber duas doses (reforço) da vacina. Na época na publicação dos resultados, entretanto, os cientistas ainda não tinham os dados referentes à segunda dose.
  • Além disso, nem todos os resultados de segurança e geração de anticorpos da primeira aplicação estavam disponíveis para todos os participantes.
  • Cada um dos 3 grupos teve seu próprio grupo controle (grupo que recebe uma substância inativa, o placebo, para medir os efeitos observados nos outros participantes).

As pessoas foram distribuídas em cada grupo de forma aleatória (randomizada), e nem os voluntários, nem os pesquisadores sabiam quais pessoas receberam qual dose ou se receberam o placebo (esse tipo de estudo é chamado de “duplo-cego”).

Com as informações que estavam disponíveis, os pesquisadores concluíram o seguinte:

  • A geração de anticorpos foi similar nos participantes com idades de 18 a 55 anos e nos que tinham 65 anos ou mais.
  • Os efeitos colaterais mais comuns foram febre, fadiga, dor de cabeça e dor no corpo. A febre foi de leve a moderada, e se resolveu de 1 a 2 dias após a vacinação.
  • A melhor forma de continuar estudando a vacina é aplicá-la em dose única, com a menor dose testada – porque ela foi suficiente para induzir uma resposta imune satisfatória e gerou efeitos colaterais menos intensos nos participantes.

Como funcionam as 3 fases

Nos testes de uma vacina – normalmente divididos em fase 1, 2, e 3 – os cientistas tentam identificar efeitos adversos graves e se a imunização foi capaz de induzir uma resposta imune, ou seja, uma resposta do sistema de defesa do corpo.

Os testes de fase 1 costumam envolver dezenas de voluntários; os de fase 2, centenas; e os de fase 3, milhares. Essas fases costumam ser conduzidas separadamente, mas, por causa da urgência em achar uma imunização da Covid-19, várias empresas têm realizado mais de uma etapa ao mesmo tempo.

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