Documentos da vacina de Oxford devem ser entregues em janeiro
A Fiocruz espera que assim consiga ter o registro do imunizante
Os documentos para que o registro da vacina de Oxford contra o coronavírus seja feito no Brasil devem ser entregues até o dia 15 de janeiro. A afirmação foi da presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade. Dessa forma a estimativa é de que o primeiro milhão de doses do imunizante seja entregue entre os dias 8 e 12 de fevereiro.
“O nosso registro já está sendo submetido com a perspectiva de entrega final de documentos até a data de meados de janeiro, de 15 de janeiro”, disse a presidente. Só que apesar disso ainda não há uma data fixa sobre o começo da campanha. Embora o Ministério da Saúde tenha dito que a intenção é começar a vacinar entre os dias 20 de janeiro e 10 de fevereiro.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa dar o aval para a vacina de Oxford, mas também para as outras vacinas que já foram testadas no Brasil. No caso de Oxford existe um um contrato de compra e de transferência de tecnologia do imunizante. A vacina será produzida em solo brasileiro pela Fiocruz.
“É um dia histórico, pois é mais um elemento de esperança diante de uma situação de grande sofrimento. Uma esperança que vem da ciência e vem de uma visão de saúde pública. Porque a vacina não é só eficaz, mas adequada para países de população do tamanho do nosso, com as suas diferenças regionais e sociais. É uma vacina adequada para o nosso Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse a presidente da Fiocruz.
Uso emergencial
No Reino Unido, país de origem do imunizante, ela foi aprovada e deve começar a imunizar a população britânica já no dia 4 de janeiro nas pessoas que são consideradas grupos de risco. Existe a possibilidade de que esta aprovação possa refletir no Brasil em um possível pedido de uso emergencial à Anvisa.
Entretanto a presidente da Fiocruz adota uma postura de cautela e diz estar analisando o passo a passo da vacina. “Nós estamos analisando todas estas situações, mas isso ainda não está definido porque depende de ter as doses de vacina para fazer sentido. Estamos muito avançados no processo de registro. Já entregamos muitos dados da pesquisa clínica, da fábrica que já foi aprovada com boas práticas, de parte das linhas que vão ser desenvolvidas aqui”.
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