Jundiaí tem investido e trabalhado para combater a pandemia do coronavírus. Desde o começo, a cidade investiu em adquirir leitos para atender a demanda dos pacientes. E dessa forma ela tem os maiores índices dos equipamentos, se comparados a outras cidades polos do Interior de São Paulo.
Segundo a Prefeitura de Jundiaí, são 729 leitos dedicados exclusivamente para atender os casos de coronavírus. Mas além de cuidar dos moradores do município, também há atendimento para pessoas de outras cidades vizinhas, que precisam do atendimento.
A Administração explica que entre as cidades com o mesmo perfil econômico, a que chega mais próximo é Ribeirão Preto, que conta com 591 leitos, de acordo com dados disponibilizados em plataforma LeitosCovid.Org, específica para o monitoramento do dado naquela cidade. A diferença está na população.
Enquanto Jundiaí tem 423.006 habitantes, a cidade do interior paulista tem 40,5% mais pessoas residindo no território, ou seja 711.825, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A vantagem coloca a Terra da Uva na liderança em termos de oferta de leito por mil habitantes. Enquanto os jundiaienses contam com 1,7 leito a cada 1 mil habitantes, os ribeirão-pretanos ficam com 0,83 leitos a cada mil habitantes.
Na comparação com outras cidades, como Sorocaba – que tem população de 687.357, dados IBGE -, a diferença é ainda maior. Jundiaí conta com 41% mais leitos em quantidade geral (729 contra 514) tendo uma população 38,5% menor. Em termos de leito per capita, Jundiaí oferece 129% mais leitos que Sorocaba, de acordo com dados apresentados pela prefeitura local.
“Com parcerias, organização, planejamento e dedicação das equipes, Jundiaí consegue ampliar em 40% mais o número de leitos públicos que o ofertado no primeiro pico da doença, entre os meses de junho e julho. Mesmo assim, o percentual de ocupação está acima de 95%. Foi a capacidade de ação rápida que faz com que Jundiaí, até o momento, tenha conseguido atender a todos os moradores que precisam de um leito de atendimento conta a COVID-19”, comenta o prefeito Luiz Fernando Machado.
No caminho contrário
Mas apesar de todos os investimentos e da ampliação dos leitos de UTI ou de enfermaria para pacientes com coronavírus, Jundiaí está no limite. A proliferação do coronavírus está altíssima e a cidade vive o colapso. No último boletim epidemiológico, a cidade registrou a média geral de 95% de ocupação.
“Somente com o apoio da população para evitar a contaminação e consequente internação, para avançar essa difícil etapa. Temos exemplos de cidades semelhantes que estão vivenciando o colapso do sistema e pessoas morrendo sem acesso aos cuidados. É essencial que cada um faça a sua parte para evitar experiências traumáticas como famílias de cidades vizinhas estão passando”, explica o gestor da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) Tiago Texera.
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