Política

Bolsonaro: “Tem uns idiotas do ‘fique em casa'”

Declaração foi dada durante o encontro com apoiadores e criticou novamente o isolamento social

Nesta segunda-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) se encontrou com apoiadores em Brasília e voltou a criticar a medida do isolamento social. Ele também falou do projeto de lei que fixa o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

O presidente se mostrou pessimista de que a proposta possa ser aprovada. “O Congresso dificilmente tem convergência das coisas, é natural, a vida toda foi assim. Entramos com projeto lá, pedi urgência e acho que vou ser derrotado. Para que cada estado defina um valor fixo do ICMS porque isso diz uma emenda à Constituição de 2001. Como devo perder isso aí, eu só tenho um caminho: vou ter que perder no Supremo Tribunal Federal”, avisou.

Segundo Bolsonaro, a esperança é o Supremo reverter a eventual derrota no Parlamento. “Tem estado em que é um estupro o ICMS, e o pessoal culpa a mim. Então, queremos definição. O estado cobra o que quiser, mas que diga o quanto está cobrando. Quando aumenta a gasolina, o pessoal me culpa. Agora, quando diminui, não abaixa na ponta da linha. Fiquei dois meses sem cobrar PIS/Cofins, mas não baixou nada”, explicou.

Críticas ao isolamento

No encontro com os apoiadores Jair Bolsonaro voltou a criticar o isolamento social, após elogiar o agronegócio brasileiro. Ele disparou que quem faz o distanciamento, medida de proteção à Covid-19 são “idiotas do fique em casa”.

O agro não parou. Tem uns idiotas do ‘fique em casa’. Até hoje, tem uns que ficam em casa. Se o campo tivesse ficado em casa, esse cara tinha morrido de fome. Esse idiota tinha morrido de fome. E ficam reclamando de tudo. Agora, quem tem salário fixo ou uma gorda aposentadoria, aí pode ficar em casa o dia todo. Não tem problema nenhum”, disse.

Outra declaração que Bolsonaro deu foi sobre o estado de saúde. “Já falei que sou ‘imorrível’, já falei que sou ‘imbrochável’ e também sou ‘incomível'”, disse. Mas uma cobrança solicitada no encontro foi que houvesse a liberação da maconha. Surgiu um projeto de lei (PL 399/2015) que libera a comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da maconha em sua formulação. Mas ele foi vetado.

“Isso é com o Parlamento, se chegar para mim eu veto. Engraçado: a maconha pode, a cloroquina não pode. […] A esquerda sempre pega uma oportunidade para poder liberar as drogas. Maconha e cocaína fazem bem, sem problema”, emendou com ironia.

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